Por RFI
Publicado em 13-11-2019 Modificado em 13-11-2019 

Evo Morales durante conferência no México, onde se exilou.REUTERS/Edgard Garrido


O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, que se exilou no México após ter renunciado, afirmou que poderia voltar para seu país se seus compatriotas pedirem. Ele também acusou a Organização dos Estados Americanos (OEA) de ter contribuído com sua saída do poder, que ele qualifica de "golpe de Estado”.

Apesar de ter aceitado a oferta de exílio da parte do governo mexicano, Morales não descarta a hipótese de voltar para seu país. "Se meu povo pedir, estamos dispostos a voltar para apaziguar, mas é importante o diálogo nacional", disse o ex-presidente, acrescentando: "vamos voltar cedo ou tarde. Quanto antes melhor para pacificar a Bolívia".

Morares, que está no México desde terça-feira (12), criticou a postura da Organização dos Estados Americanos, depois que denunciou sérias irregularidades nas eleições de 20 de outubro que desencadearam a crise boliviana. "Infelizmente, a OEA aderiu a esse golpe de Estado. Eu recomendo aos novos políticos da América Latina: cuidado com a OEA. A OEA é neogolpista para mim", afirmou o líder da esquerda em entrevista à imprensa colombiana.

O ex-chefe de Estado também questionou a proclamação da senadora de direita Jeanine Añez como presidente interina na Bolívia, insistindo que a saída da crise deve ser constitucional. "A única saída é respeitar nossa Constituição, recuperar a democracia; a única saída é respeitar o povo e principalmente os movimentos sociais", acrescentou.

Nesse sentido, ele pediu às forças de segurança que não "disparem uma bala". "Equipei as Forças Armadas não contra o povo, mas para que defendam a pátria. Lamento muito que as Forças Armadas estejam agora do lado de um golpe de Estado", afirmou.


(Com informações da AFP)


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