Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (24), em pleno feriado de Natal, o Diário Oficial da União publicou a suspensão da aposentadoria de José Sérgio Gabrielli, que foi presidente da Petrobras nos governos Lula e Dilma – de 2005 a 2012. O ato arbitrário mostra bem o caráter – ou a falta de caráter – do atual presidente. Como já ironizou Fábio Porchat, integrante do perseguido humorístico Porta dos Fundos, “Bolsonaro não governa, ele se vinga”.

A cassação da aposentadoria foi determinada pela Controladoria-Geral da União, que alegou que José Sérgio Gabrielli é investigado pelo Tribunal de Contas em processo que apura superfaturamento de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Diante de tamanha violência, o ex-presidente da Petrobras reagiu:

“Vou recorrer à Justiça contra esta absurda decisão de perseguição política. Minha aposentadoria é resultado de 36 anos e dois meses de vínculo com a UFBA [Universidade Federal da Bahia] e, portanto, não tem nada a ver com a Petrobras... Ela é minha única fonte de renda e a absurda decisão da CGU é a condenação à morte econômica. Vou lutar até o limite pelos meus direitos... Em relação aos fatos relacionados à empresa não há qualquer indiciamento criminal e as investigações no âmbito do TCU são ainda investigações sem conclusão”.

Na Bahia, sindicatos de várias categorias – e não apenas dos petroleiros – já organizam ato de solidariedade a José Sérgio Gabrielli. Partidos progressistas e lideranças políticas também já se pronunciaram contra a “perseguição política”. É urgente fazer mais barulho para reverter essa decisão vingativa do “capetão” e dos seus milicianos.


Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads