Por Victor Farias  e Edson Sardinha 

Ex-secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini e presidente Jair Bolsonaro Presidência da República/Alan Santos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na manhã desta quinta-feira (30) que irá exonerar  José Vicente Santini do cargo de  assessor especial de relacionamento externo da Casa Civil. Ele foi nomeado para o posto ontem, um dia depois de ser demitido publicamente por Bolsonaro do cargo de secretário-executivo da pasta, após utilizar um avião da FAB para se deslocar para a Suíça e de lá para a Índia.



No anúncio da segunda exoneração de Santini, Bolsonaro afirma também que irá exonerar o secretário-executivo interino da Casa Civil, Fernando Wandscheer, responsável pela readmissão  de Santini na pasta.

O presidente disse também que irá transferir a cobiçada Secretaria de Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia. A medida, por um lado, reduz o poder do ministro Onyx Lorenzoni, que já perdeu outras funções, inclusive a articulação política, desde o início do governo. Por outro lado, dá mais poder a Guedes, que passa a ter controle sobre o programa de incentivo a concessões e privatizações.

Readmitido após reunião

Segundo matéria publicada pelo Estadão, Santini foi readmitido na pasta após se reunir com Bolsonaro e, junto com interlocutores, convencer o presidente de que ele poderia seguir no governo. Responsável pela nomeação, Wandscheer era subordinado de Santini até o dia anterior. Com a primeira demissão de Santini, passou a ocupar o cargo de secretário-executivo.

No primeiro cargo, Santini recebia um salário de R$ 17.327,65 mensais. A remuneração prevista para o segundo posto era de R$ 16.944,90.

A segunda demissão ocorre dois dias depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que era inadmissível que um membro do governo usasse um avião da FAB para se locomover. "Vou conversar com o Onyx e ver quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. Inadmissível o que aconteceu. Ponto final", afirmou. "O cargo de Executivo da Casa Civil já está perdido. Outras coisas virão depois de conversar com o Onyx", completou.

Santini virou secretário-executivo da Casa Civil em abril, quando assumiu o cargo que era ocupado por Abraham Weintraub, hoje ministro da Educação.

O ex-secretário-executivo da Casa Civil nega ter cometido irregularidade e diz que seu voo está de acordo com as regras estipuladas para uso de avião oficial. Ele destacou, em nota, que viajou a trabalho e a pedido do presidente da República.



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