Porém, foi depois da década de 70, com os dois chamados "choques do petróleo", que essa riqueza passou a ter maior valor para mundo e fez esse excedente de dinheiro originário do petróleo migrar dos países ricos e consumidores (em especial dos EUA e Europa) para o Oriente Médio (países produtores da Opep).
Esses excedentes ao trocar de mãos não encontraram países produtores de petróleo com condições de consumir outras mercadorias em volumes equivalentes e assim passaram a possuir enormes excedentes de capital.
Em resumo daí surge a ideia do "petrodólar", onde os EUA, como grande consumidor, volta a garantir sua hegemonia fazendo com que todo o petróleo do mundo fosse negociado em dólar.
Assim, os exportadores de petróleo passariam a manter seus excedentes de capital em forma monetária e com o dólar.
Os detalhes sobre isso podem ser vistos no livro "The Hidden Hand of American Hegemony" (A mão oculta da hegemonia americana) que me foi repassado pelo parceiro de FB, Aguinaldo Junior.
Em minha pesquisa (e tese doutoramento) eu tinha tratado do assunto, mas sem detalhes.
Já no livro sobre a "indústria dos fundos financeiros" eu também comentei sobre o assunto, ao me referir ao momento mais claro em que os excedentes globais cresceram e passaram a ajudar a criar a mágica financeira que conhecemos, que em seguida os grandes fundos passaram a operar mais ou menos ligados aos sistema bancários e aos mercados de capitais.
Tudo isso ajuda a explicar a consolidação da hegemonia financeira dos EUA que agora com o movimento Eurásia e comércio nas moedas chinesas e russas começam a colocar em disputa no campo da geopolítica.

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