©Eduardo Anizelli/Folhapress

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (23) que pediu a sua equipe para estudar a criação do "imposto do pecado", que taxaria cigarros, bebidas e produtos com açúcar. 

"Eu pedi para simular tudo. Bens que fazem mal para a saúde. Caso [as pessoas] queiram fumar, têm hospital lá na frente", disse o ministro para jornalistas em Davos, segundo publicado pelo jornal O Globo.

Guedes teve hoje seu último dia de compromissos na cidade suíça, onde representou o governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial.

'Não é nada de costumes, Deus me livre'

Apesar de ter falado em "imposto do pecado", o ministro afirmou que não fazia juízo moral, já que o termo era técnico, pois deriva da expressão em inglês "sin tax", que pode ser traduzida por "imposto do pecado".

"Não é nada de costumes, Deus me livre", disse.

Guedes não mencionou de quanto será a alíquota do novo imposto.

Em relação à reforma tributária, afirmou que a proposta do governo está quase pronta e deverá ser enviada ao Congresso em fevereiro.

"A gente volta para o Brasil e já começa a bater o martelo", disse.

Segundo o ministro, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, prometeram criar uma comissão mista no Congresso para acelerar a tramitação da reforma, que para Guedes será aprovada ainda em 2020.

Ministro já havia defendido imposto

Em novembro do ano passado, em palestra no Tribunal de Contas da União, o ministro já havia defendido o "imposto do pecado" para desestimular o "vício".

"O cara fuma muito? Bebe muito? Então, taca imposto nele. Por que, se fuma muito, vai ter problema de pulmão lá na frente, vai ocupar hospital público, então põe logo um imposto nele. Mas vício tem que ser caro, para ver se desincentiva", afirmou na ocasião.


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