Invasão ocorreu em abril de 2018
Dias antes da prisão do petista
MPF diz que Lula incentivou ato



Para o MPF, Lula estimulou ocupação a apartamento no GuarujáMarcelo Camargo/Agência Brasil)

O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo denunciou nesta 4ª feira (29.jan.2020) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder do MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos (Psol), pela invasão ao apartamento tríplex situado no Guarujá (SP), no dia 16 de abril de 2018.

O apartamento no Condomínio Solaris foi pivô da ação penal que resultou na condenação de Lula por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O ex-presidente foi preso 9 dias antes da invasão promovida por integrantes do MTST.

Segundo o MPF, o Lula, Boulos e outras 3 pessoas devem ser responsabilizados pelo crime de destruir ou danificar bem em poder de terceiro por determinação judicial. A pena estabelecida para este tipo de crime é de 6 meses a 2 anos de prisão.

A Procuradoria concluiu que Lula foi o incentivador da invasão por ter feito discurso depois da sua condenação, em janeiro de 2018, em que disse que pediu a Guilherme Boulos “mandar o pessoal dele” ocupar o imóvel.


Boulos (à esquerda), junto do cantor Chico Buarque, Lula e 1 integrante do MTSTRicardo Stuckert/ Instituto Lula

Ao jornal O Globo, interlocutores do MPF informaram que, em outro documento, o procurador Thiago Lacerda Nobre recomenda à Justiça que o processo seja desmembrado e que o ex-presidente responda individualmente.

O pedido teria sido feito porque a pena para o crime pelo qual Lula e Boulos estão sendo acusados é branda e, portanto, pode ser objeto de 1 acordo entre o MPF e os réus. Essa possibilidade, no entanto, não se aplica ao ex-presidente porque ele já foi condenado pela prática de crime que previa prisão.

Em seu perfil no Twitter, Guilherme Boulos criticou a denúncia. “A criminalização das lutas não vai nos intimidar nem nos calar”.



Poder360

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