Crédito: Folha.

Por Tadeu Porto

Castello Branco anda espalhando por aí que a Petrobrás fez um “mau negócio” ao comprar a Araucária Nitrogenados, também conhecida como Fafen Paraná.

Curioso que sou, fui buscar o tanto que a nossa estatal gastou para adquirir uma Fabrica que emprega, atualmente, mais de mil trabalhadores e trabalhadoras diretamente.

Para minha surpresa, vi que esse unidade industrial custou para a empresa algo em torno de 230 milhões de reais em 2013 (R$ 320 milhões em valores corrigidos).

Naquela época, vale destacar, a Petrobrás se importava com o mercado brasileiro, destacando com consumo interno e com a expansão industrial no setor. Confira um recado da empresa da época:
A demanda do mercado brasileiro de fertilizantes é maior que a produção nacional. Além disso, o segmento encontra-se em expansão tanto no Brasil quanto no mundo. Com o crescimento populacional e o aumento de renda, espera-se aumento no consumo de alimentos, principalmente de proteína animal, que requer mais grãos para sua produção e, por consequência, maior uso de fertilizantes. (…) De acordo com a previsão da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 2010 e 2020, somente no Brasil, a produção de alimentos crescerá 40%.
Disponível hein Fatos e Dados – Entenda por que investimos em fertilizantes
O interessante desse montante é que atualmente a empresa gasta bilhões e bilhões com dívidas causadas pela Lava Jato e pagamento de juros e dividendos.

Um exemplo de dinheiro mal gasto da Petrobrás foi o acordo feito com o Departamento de Justiça americano, intermediado pela Lava Jato, no valor de 2,5 bilhões (dez vezes o preço incial da Fafen). Esse dinheiro causou um grande embaraço no Estado brasileiro. Desde o STF até o próprio Bolsonaro questionaram a finalidade de tanto dinheiro, como já tive oportunidade de explicar no Twitter.
Ou seja, a Petrobrás versão neoliberal prefere pagar bilhões para meia dúzia de procuradores públicos – parasitas, segundo Paulo Guedes – do que gastar com indústria, tecnologia e emprego.
Não à toa, estamos a beira do colapso industrial.


O Cafezinho

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