Quem dera o efeito das asneiras diariamente vomitadas pela boca do cidadão que ocupa a Presidência da República fossem as risadas que Laerte, sempre genial, estampa na sua charge de hoje na Folha.
Infelizmente, não é o que sentem milhares de médicos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, socorrista, maqueiros e servidores de hospitais e postos de saúde em todo o país, que se preparam para colocar suas vidas em risco ao atender e assistir as ondas de pessoas que lhes chegarão doentes.
Não é o caso de, apenas, fazer o que hoje O Globo faz, usando especialistas para provar que só bobagens de ouve da boca de Jair Bolsonaro ou, como diz a Folha, em editorial, deixá-lo “falando e fazendo asneiras sozinho, enquanto os capacitados se incumbem da tarefa monumental” do combate à pandemia.
Porque, embora cada vez mais restrito ao núcleo hidrófobo e imbecilizado que o ajudaram a expandir com um ódio selvagem, ele tem visibilidade e uma deficiência de caráter capaz de interferir no comportamento coletivo. E fazerem ser rechaçadas e menosprezadas as restrições a que todos nos devemos submeter para a tarefa possível: a e retardar a expansão do contágio e mitigar as perdas de vidas humanas e os prejuízos para o povo brasileiro.
Chegamos ao ponto e que grande parte da extrema-direita que apoiou sua ascensão ao poder gritar pelo seu impedimento, como fez ontem a senhora Janaína Paschoal.
Jair Bolsonaro não é apenas inútil, é pernicioso.
Tal como em relação ao vírus, é preciso adotar já, em relação à sua insanidade mental, medidas efetivas de bloqueio. É preciso que as instituições (Legislativo, Judiciário, governos dos estados federados, conselhos e associações médicas) sinalizem que o chefe de Estado está fora do gozo das faculdades mentais para liderar um país metido em uma crise mundial e mortal.
Cabe, também, um apelo ao Exército Brasileiro e às Forças Armadas em geral, que foram avalistas deste desastre, para que retirem, com o respeito que lhes resta após uma aventura imprudente, o apoio às loucuras presidenciais. É o que se lhes impõe, se desejam cumprir sua missão de defender a vida dos brasileiros.
Precisam deixar claro, se não o deixam quanto aos perigos de um arreganho autoritário, que não apoiam nem sustentarão uma desgraça sanitária.
Politicamente, Jair Bolsonaro, como no conto de Machado de Assis, precisa ser contido na Casa Verde. Ainda que seja verde-oliva.

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