O encontro do ministro da Saúde, na segunda-feira, em Brasília, com gestores de cinco grandes hospitais privados que a Folha noticia e no qual Luiz Henrique Mandetta apresentou um prognóstico de que os casos de infecção por coronavírus no Brasil terão um imenso aumento nas próximas semanas traz implícito um ato de extrema gravidade praticado pelo sr. Jair Bolsonaro.
Afinal, quando disse ontem em Miami, que o coronavírus era “muito mais uma fantasia”, seu auxiliar para a Saúde chamava dirigentes de hospitais para se juntarem a um mutirão, frente à gravidade e ao volume que se espera aqui para esta epidemia.
O presidente da República, portanto, mentiu ao país, agindo com desídia e fazendo que muita gente deixasse de preocupar com algo que seria “fantasia” e que, assim, passe a se descuidar das providências que podem retardar e evitar a proliferação de casos que, ao menos para pessoas mais velhas e com problemas comuns de saúde (hipertensão, diabetes e outros) é perigosamente mortal.
Significa que está manipulando politicamente algo que pode afetar a saúde de cada um de nós, dos nossos filhos, pais e avós.
Significa que não ouve ou não leva a sério o que seu ministro e o corpo médico do Ministério da saúde têm a dizer sobre uma epidemia que já contaminou 112 mil pessoas e que chegará hoje ao macabro número de 5 mil mortes.
Ter um imbecil na Presidência é grave. Ter um mentiroso, também. Mas quando o imbecil é mentiroso tudo fica desesperador.
Aliás, ontem, à nossa custa, o imbecil mentiroso estava visitando uma feira de varas de pescar e outros petrechos pesqueiros, enquanto o país se aproxima perigosamente da fogueira da crise mundial.

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