O covid-19 passa a partir desta quarta-feira a ser considerado uma pandemia segundo a Organização Mundial de Saúde. Esta entidade assegura que esta declaração não muda a sua avaliação da doença nem o tipo de medidas que recomenda que os países adotem.


Extração do Covid-19 pelo microbiólogo Kerry Pollard, do laboratório público da Pensilvânia. Foto do governador Tom Wolf/Flickr


Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde comunicou esta quarta-feira em conferência de imprensa que o covid-19 passa a ser considerado uma pandemia.



O responsável nota que a palavra pandemia "não se usa de ânimo leve ou despreocupadamente" e que, se mal utilizada, pode causar "medo não fundamentado ou aceitação injustificada de que a luta está terminada".

Ghebreyesus teve por isso o cuidado de sublinhar que a declaração "não muda a avaliação da OMS acerca da ameaça representada pelo coronavírus" e que esta em nada muda o que os países deverão fazer para a combater.

O dirigente da OMS faz questão de assinalar que “nunca antes vimos uma pandemia despoletada por um coronavírus”. A organização justifica que tem estado “em modo de prontidão” desde que foram notificados os primeiros casos” e que tem pedido “diariamente” aos países para “tomar ações urgentes e agressivas. “Fizemos soar os alarmes alto e claramente”, disse.

Nos países em que há apenas “um punhado de casos”, diz a estrutura que as autoridades nacionais podem prevenir que estes escalem até afetar comunidades inteiras. E mesmo onde há “aglomerados amplos” se pode “mudar a maré”.

Apesar do apelo otimista, a OMS reconhece que vários países “estão a debater-se com falta de capacidade de resolver” os problemas que estão a enfrentar. Outra preocupação é que todos os países “devem encontrar um equilíbrio fino entre a proteção da saúdem a minimização da disrupção social e económica e o respeito dos direitos humanos.”

A Organização Mundial de Saúde apela a que os países adotem uma abordagem que envolva o conjunto da sociedade, uma “estratégia compreensiva” para, ao mesmo tempo “prevenir infeções, salvar vidas e minimizar impactos”.


Ao mesmo tempo do anúncio da declaração de pandemia, a OMS apresentou os números da doença no mundo. Os 118 mil casos atingem agora 114 países mas mais de 90% dos casos são apenas em quatro países. E, em dois deles, Coreia do Sul e China, o surto está a decrescer.

Há 81 países que ainda não têm nenhum caso e 57 em que apenas há dez casos ou menos.

Esquerda

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