![]() |
| Carolina Antunes/PR |
O presidente da República, Jair Bolsonaro, contraditou o ex-ministro da Justiça e afirmou em entrevista coletiva que Sergio Moro aceitaria trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Marcelo Valeixo, mas só depois de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal.
Moro pretendia ser indicado para a vaga do ministro Celso de Mello, que vai se aposentar em novembro de 2020, sugeriu Bolsonaro.
O presidente negou ter tentado interferir em investigações da Polícia Federal.
Ele sugeriu que Moro estava a serviço do próprio ego
O ex-juiz federal, alçado ao cargo de ministro de Bolsonaro depois de afastar do processo eleitoral o ex-presidente Lula, disse que o presidente admitiu diante dele, em conversa pessoal, que pretendia interferir politicamente não apenas na direção da PF, mas em superintendências da polícia em Pernambuco e Rio de Janeiro.
A PF é responsável por investigações que envolvem dois filhos de Bolsonaro e potencialmente o próprio presidente da República.
Bolsonaro disse que a demissão de Marcelo Valeixo foi feita a pedido, depois de conversa telefônica.
Porém, Sergio Moro afirmou ao se demitir que foi pego de surpresa pela demissão de Valeixo e que o próprio negou ter pedido demissão.
No Diário Oficial, a demissão de Valeixo apareceu impressa como tendo sido feita “a pedido”.
Em seu discurso, Bolsonaro se disse decepcionado com Moro, que teria se revelado um adversário político do presidente ao longo do tempo.
Porém, ele admitiu ter interferido politicamente em ao menos três investigações: a do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, que poderia comprometer Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco; a do autor do atentado contra o candidato Bolsonaro Adélio Bispo; e a de um miliciano cujo filha teria namorado o filho mais novo do presidente da República, o que ele nega.
Neste último caso, Bolsonaro disse ter obtido, através da PF, um depoimento do miliciano preso, afirmando que sua filha havia morado o tempo todo nos Estados Unidos e jamais teria namorado o filho 04, Renan.
O miliciano é um dos suspeitos no envolvimento no assassinato de Marielle.
O ex-diretor da Polícia Federal, Marcelo Valeixo, teria dito a um interlocutor do Planalto, em ligação telefônica, que o registro de sua exoneração no Diário Oficial como “a pedido” tanto fazia, uma vez que já tinha mesmo sido afastado do cargo — de acordo com a versão divulgada pela CNN Brasil.
Viomundo

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;