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| Carla Zambelli, Bolsonaro e Bia Kicis |
Antes de se unir ao bolsonarismo, Carla Zambelli fez parte do movimento Nas Ruas, que diz ser “contra a impunidade e a corrupção”, mas que, segundo Daniela Schwery em entrevista ao DCM, faz parte de um grupo fantoche que foi financiado por Aécio e Caiado.
Mas, além da presença política dos movimentos “independentes, espontâneos e apartidários”, há outro tipo de investidor: empresários.
Carla Zambelli foi financiada por Jorge Feffer, membro da dinastia familiar que é dona da Suzano.
Segundo ela mesma conta em seu livro, no momento em que agradece “aos que ajudaram financeiramente”, ela cita o empresário como “colaborador”.
Em outro momento do livro, ela o cita como “grande amigo” e diz que ele ajudou a gravar um documentário em 2015.
Além disso, a hoje deputada recebeu R$10 mil do mesmo empresário em sua campanha política em 2018, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O empresário parece gostar de lavajatistas, pois também investiu R$ 5 mil na campanha de Bia Kicis, que foi advogada de Zambelli, ex-procuradora do DF e bolsonarista.
A empresa da família Feffer é investigada pela Lava Jato pela venda da Suzano Petroquímica em 2007 por um preço superfaturado à Petrobras.
Em 2017, também foi revelado que o escritório de advocacia e consultoria Mossack Fonseca, do Panamá, abriu empresas offshore para a família.
Outro nome ligado aos Feffer, apesar de não haver doações de campanha, é o “príncipe” Luiz Philippe de Orléans e Bragança, que aparece em foto junto do empresário de Kicis:
Ele também fez parte do conglomerado de grupos golpistas do meio da década.
Ele foi fundador do movimento Acorda Brasil, que, entre outros, contou com Otavio Oscar Fakhoury, atualmente membro da milícia virtual bolsonarista.
Otavio foi responsável por injetar R$ 38 mil na campanha do “príncipe”, o equivalente a quase 20% da receita dele nas eleições de 2018 e também por R$ 51.760 da campanha de Bia Kicis.
Outro nome relevante entre eles é Valéria Duarte, que assina posts de ódio há anos nas redes e a quem Carla Zambelli, segundo seu livro, entregou a vida.
No livro, ela ainda conta que Valéria foi responsável pelo Nas Ruas por um tempo:
Segundo Daniela Schwerny, que falou novamente ao DCM, “Valéria posta as coisas e faz parte de assassinar reputação, pautar, neutralizar assunto”. Ela diz ainda que a ativista é paga por Feffer para isso.
Daniela fez parte dos grupos à época e diz que Jorge Feffer tentou contatá-la mas foi bloqueado.
Ela conta ainda que Feffer dava ordens textuais para os grupos.
“Em 2017, estava no ápice a preocupação para estancar a Lava Jato. É nesse contexto que esses grupos entraram em ação. Essas pessoas já existiam nos bastidores há tempos”.
É curioso (e suspeito) que uma empresa investigada pela Lava Jato tenha como um de seus beneficiários uma pessoa que ajuda a financiar milícias de extrema direita na internet.
Seria uma forma de blindagem?
A relação do milionário Feffer com as duas vedetes do bolsonarismo precisa ser investigada a fundo, até porque revela que o discurso de combate à corrupção não passou de trampolim para o empoderamento de forças reacionárias que ameaçam a democracia no Brasil.






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