O médico Arnaldo Lichtenstein comentou sobre falas do presidente em que ele minimiza a pandemia e diz que não se trata apenas de "negacionismo da ciência"

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Por Luisa Fragão  

O diretor do Hospital das Clínicas, Arnaldo Lichtenstein, comentou em entrevista à TV Cultura nesta segunda-feira (11) sobre as falas do presidente Jair Bolsonaro em que ele minimiza a pandemia do coronavírus. Para o médico, trata-se de uma estratégia eugenista do presidente, e não apenas um “negacionismo” da ciência.

A apresentadora Karyn Bravo trouxe ao especialista algumas projeções de mortos e infectados caso 70% da população se contamine com o vírus, conforme foi estimado por Bolsonaro no final de semana. “Segundo Bolsonaro, [a pandemia] é uma neurose”, disse a apresentadora, citando o comentário de um telespectador.

“Não é um negacionismo da ciência isso, é uma linha de raciocínio muito diferente e cruel. Sabe-se que a epidemia vai passar quando 50%, 70% das pessoas estiverem imunizadas, ou com vacina, ou pegar a doença. Quando se pega isso, o vírus arrefece”, afirmou o médico.

“Quando as pessoas não defendem o isolamento, não se fecha o comércio, a economia não para, o governo não precisa colocar dinheiro na economia. As pessoas que vão morrer, muitas são idosas, aí tem a fala ‘mas já iam morrer mesmo’, ou pessoas que já têm doenças. Vão ficar os jovens e atletas. Isso se chama eugenia, lembre-se de que sistema político mundial usava isso”, continuou Lichtenstein.

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