Ontem, o TSE retomou o julgamento de duas ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão pelo hackeamento e uso por Bolsonaro da página no Facebook "Mulheres contra Bolsonaro".
A página foi hackeada na época das eleições entre os dias 14 e 15 de setembro de 2018 e seu título alterado para o oposto, "Mulheres com Bolsonaro".
A votação estava empatada em 3 a 3, quando o ministro Alexandre de Moraes, que entrou no TSE na terça da semana passada, pediu vistas para se inteirar melhor do processo, mas disse que daria seu voto o mais rapidamente possível.
O ministro Edson Facchin foi um dos três juízes que pediram mais investigações sobre o caso, que estava parado. Os demais juízes votaram contra, com a alegação de que aquele hackeamento não fora determinante para a vitória de Bolsonaro.
E onde entra o governador da Bahia aí?
O caso é que o hackeamento tem sua parte virtual, de invasão de página e sua manipulação, mas seu primeiro e essencial passo tem que ser feito no mundo real.
A professora de Filosofia Maíra Motta era uma das administradoras do grupo original. Ela teve o chip de seu celular clonado e foi a partir dele que o hackeamento foi feito e o grupo invadido.
Segundo a operadora Oi, que era a do celular da professora, “para efetuar a troca de chip para resgate de linha telefônica móvel, o próprio assinante deve ir a uma loja da Oi, apresentar seu documento de identificação e preencher e assinar o termo de troca”.
A clonagem foi feita numa loja física da Oi em Vitória da Conquista. Para isso, uma mulher teria que se dirigir a uma das lojas da Oi em VC (vi na internet que são quatro por lá), se apresentar como Maíra Motta com um documento que confirmasse a informação, e assinar o termo. Pelo menos é o que garante a OI.
Só que até hoje, passados 20 meses do fato, a polícia da Bahia não andou com a investigação. Em qual das quatro lojas foi feita a compra do chip. Quem foi o vendedor. Quem foi a pessoa que se passou por Maíra Motta e levou o chip clonado. A loja deve ter imagens do circuito interno.
Aí entra o governador da Bahia, o petista Rui Costa. Governador, bote sua polícia para fazer o trabalho dela. Cobre de seu secretário de Segurança por que isso não foi feito até agora.
Chegando-se à clonadora pode-se caminhar em direção ao mandante e facilitar a cassação da chapa.
Aliás, governador, aproveite para perguntar a seu secretário por que a polícia da Bahia assassinou o miliciano Adriano da Nóbrega, que estava cercado e sozinho numa casa, numa execução com toda a pinta de queima de arquivo. Em que pé estão as investigações sobre esse crime também.
Talvez até se descubra uma ligação entre os dois fatos.
Blog do Mello
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