A estratégia já havia sido bolada no tempo do ex-ministro Luís Henrique Mandetta. Mas agora emplacou.
Por Jornal GGNJornal GGN – Não satisfeito com as abordagens nos telejornais, o presidente Jair Bolsonaro decidiu atacar a pandemia de frente: a partir de agora, os boletins epidemiológicos sobre a disseminação do coronavírus terá sua divulgação apenas às 22h. A decisão do mandatário é permanente.
Estratégia boa, assim evita que os dados estejam fresquinhos para deleite dos telespectadores de jornais noturnos, horário de maior audiência. Não houve alarde nem anúncio oficial, foi apenas dada pelo mandatário para que não liberem as informações antes das 22h, mesmo que estejam prontos às 19h.
A estratégia já havia sido bolada no tempo do ex-ministro Luís Henrique Mandetta. Mas agora emplacou. Mandetta, por óbvio, se recusou a cumprir a ordem, pois que causaria impacto na resposta à pandemia.
Agora virou fato. A ordem está sendo cumprida desde quinta-feira, dia 4, quando os casos de morte e infecção batem recordes diários. O Brasil vive a realidade de 1 vida perdida por minuto, com 34.021 mortes. E totalizamos ontem, dia 4, 614.941 infectados comprovados. E nem se está falando do que é na realidade pois temos a subnotificação para enfrentar.
Mandetta, quando ministro, fazia uma coletiva de imprensa todos os dias, no Palácio do Planalto, às 17h. E ali respondia questões sobre a situação, juntamente com sua equipe técnica.
Nelson Teich tentou manter a dinâmica do Ministério da Saúde, mas estando na pasta um mês, não compareceu às coletivas na primeira semana de sua gestão.
E agora, com o general Eduardo Pazuello, as coletivas estão cada vez mais raras. O general, que não é da área de saúde e nem mesmo tem experiência no setor, não aparece para conversar com jornalistas. Mas o general tem o que o presidente admira: acata as ordens e interferências, mesmo que contrarie o bom senso, os especialistas e o próprio corpo técnico do ministério.
Com informações do Correio Braziliense
GGN

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