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| Presidente Donald Trump fala sobre a COVID-19 na Casa Branca, em Washington © REUTERS / Kevin Lamarque |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (5) que o país salvou ao menos 1 milhão de vidas na pandemia do novo coronavírus e apontou que, em outro cenário evitado por Washington, o Brasil está em um "momento bem difícil".
Falando aos jornalistas na Casa Branca, Trump ressaltou que vidas foram salvas graças ao fechamento dos EUA, indicando em seguida que o número de mortos – hoje acima dos 108 mil óbitos – poderia ter sido pelo menos 10 vezes maior.
"Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior. É o que se acredita como mínimo se fizéssemos [imunidade de] rebanho", disse.
Em seguida, o presidente dos EUA indico que, caso tivesse seguido o caminho do governo brasileiro, liderado pelo seu aliado Jair Bolsonaro, ou aquele adotado pela Suécia (que não adotou o distanciamento social), o número de mortes em solo estadunidense poderia ser muito maior.
"Se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil. E, falando nisso, continuam falando da Suécia. Voltou a assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais", acrescentou.
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| Funcionários de cemitério usam roupas protetoras durante funeral de homem de 48 anos, vítima da COVID-19, no Cemitério São Luiz, em São Paulo, 4 de junho de 2020 © REUTERS / AMANDA PEROBELLI |
Já devidamente informado em janeiro pelos seus serviços de inteligência, Trump menosprezou o grau de impacto do novo coronavírus. Contudo, após a doença desembarcar no país pela Costa Oeste, ela se alastrou pelos demais estados, sobretudo em Nova York, com acelerações entre março e abril.
Trump também insistiu em tratamentos controversos – ora o uso da hidroxicloroquina, ou até a ingestão de desinfetante – para lidar com a COVID-19. A eleição de novembro deste ano, porém, fez com que o presidente recuasse, ainda que tendo embates com governadores que não aceitaram flexibilizar o distanciamento social com maior velocidade.
Os EUA lideram o total de infectados e mortos pelo novo coronavírus no mundo. Contudo, a curva de contágio está em desaceleração, ao contrário do Brasil, que vem tendo a maior taxa de infecções a cada 24 horas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e ainda assim vai tendo medidas de reabertura do comércio.
Sputnik Brasil


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