"Centrão está sendo comprado para eleger um sucessor de Rodrigo Maia que ajude a mesma escalada autoritária que as milícias defenderão nas ruas", diz colunista
Por Jornal GGNJornal GGN – Os passos de Jair Bolsonaro em direção à formação de uma milícia de seguidores armados indica, na interpretação otimista, que o governo não tem apoio do comando das Forças Armadas para dar o golpe.
Por outro lado, a distribuição de cargos ao Centrão também significa que Bolsonaro não só está tentando barrar um processo de impeachment, como também preparar o terreno para a eleição da presidência da Câmara. A ideia é substitui Rodrigo Maia por um deputado que ajude o governo na escalada autoritária.
As duas interpretações são do sociólogo Celso Rocha de Barros, em artigo na Folha desta segunda (8).
Ele lembrou que, na semana passada, Bolsonaro prometeu reduzir impostos sobre importação de armas. Motivo: “ajudar o pessoal do artigo 142 e 144 da Constituição.”
O bolsonarismo vem distorcendo o artigo 142 para pregar que uma intervenção militar a mando do Executivo, contra outros Poderes, seria constitucional. Já o artigo 144 é distorcido para dizer aos bolsonaristas que a segurança pública também é responsabilidade do cidadão.
“A tentativa de formar milícias bolsonaristas é sinal de que Bolsonaro não conta com o apoio do comando das Forças Armadas para tentar seu golpe. Vejam só o que conta como boa notícia no Brasil de hoje”, escreveu Barros.
Para ele, o “centrão está sendo comprado para eleger um sucessor de Rodrigo Maia que ajude a mesma escalada autoritária que as milícias defenderão nas ruas.”

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