A cena patética de Jair Bolsonaro exibindo a seus fanáticos uma caixa de cloroquina é uma das maiores humilhações que este país já teve.

Ainda que fosse cerimônia religiosa, seria da mais torpe idolatria.

O bezerro de ouro de Aarão é “fichinha” perto do Messias cloroquínico.

Mas é também um retrato do que gente que não é como o cento de imbecis que se uniram para o culto ao charlatanismo, mas que é cúmplice dele.

É preciso nominá-los.

Esta cena bizarra só ocorre porque a direção do Conselho Federal de Medicina, politicamente servil ao nosso Jim Jones, para agradá-lo, emitiu uma declaração dúbia e covarde em que legitima a prescrição de algo que não tem nenhuma indicação científica de resultados.

Também só acontece porque o Exército Brasileiro concordou em que um dos seus oficiais-generais usurpasse o Ministério da Saúde e, como primeira providência, mandasse baixar uma portaria recomendando, com o subterfúgio de fingir estar “divulgando”, o seu uso nos hospitais públicos.

A inacreditável cena, da mesma forma, deveria servir como o enésimo aviso de que Jair Bolsonaro é um homem que não se pode levar à razão ou ao diálogo.

Jair Bolsonaro, mesmo diante de todas as evidências, não recua. Se dá um passo atrás, isso não é um arrependimento, isso é um bote.

Tijolaço

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