Antonio Mello
Em seu trabalho insano e diário de destruir o Brasil, Jair Bolsonaro ofendeu ontem nosso principal parceiro comercial, a China, ao se negar até a pronunciar o nome do país, ao se referir à produção de vacinas contra a COVID-19.
"Se fala muito da vacina da Covid-19. Nós entramos naquele consórcio lá de Oxford. Pelo que tudo indica, vai dar certo e 100 milhões de unidades chegarão para nós. Não é daquele outro país não, tá ok, pessoal? É de Oxford aí.""Aquele outro país", a China, é o maior parceiro comercial da história do Brasil. Há bastante tempo lidera como nosso principal parceiro internacional, muito bilhões de dólares acima do segundo colocado, a pátria de coração de Bolsonaro, os Estados Unidos.
Dados que retirei do próprio site da presidência da República provam isso:
A China é o maior parceiro comercial do Brasil no mundo. Desde 2009, o país asiático tomou esta posição dos EUA. Segundo o Ministério da Economia, em 2018, este comércio foi de US$ 98,6 bilhões, com superávit para o Brasil de US$ 29,2 bilhões.São minérios, petróleo e produtos agrícolas que o mercado chinês absorve do Brasil e que, segundo o economista da Escola Nacional de Administração Pública, ENAP, José Luiz Pagnussat, impulsionaram o agronegócio brasileiro. “A China precisa de muitos produtos que o Brasil tem em abundância. O grande sucesso do agronegócio brasileiro se deve muito ao crescimento da demanda chinesa”, ressaltou o economista.E para além do comércio, a China é um forte investidor na economia brasileira. É o chamado Investimento Estrangeiro Direto(IED), aquele que segue para atividade econômica gerando emprego e renda.Segundo o Ministério das Relações Exteriores, junto com o Japão, a China concentra, em território brasileiro, um estoque de investimentos de US$ 100 bilhões em setores como o de telecomunicações, energia e óleo e gás natural. [Fonte: Presidência da República]
Só uma pessoa que vive de emular (com duplo sentido) o presidente Trump pode se referir dessa forma a nosso aliado e parceiro.
Além de ofender a China, Bolsonaro cometeu outro erro ao elogiar o consórcio de Oxford, porque o Brasil ainda não tem nada assinado com Oxford, as vacinas estão em fase de testes e, ao final, pode ser que a gente venha a depender da vacina produzida por "aquele outro país"...
Volto a insistir: enquanto Bolsonaro não for destituído da presidência da República, não haverá saída para o buraco em que o Brasil está metido, porque ele faz de tudo para cavar ainda mais fundo.
Blog do Mello

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