Para a advogada, presidente utilizará a desculpa de que a cura do coronavírus foi inviabilizada pela oposição
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| Bolsonaro com a cloroquina (Reprodução/Twitter) |
Por Redação Revista Fórum
Em artigo publicado na noite desta quarta-feira (29) no jornal Folha de S.Paulo, a apresentadora e advogada Gabriela Prioli afirma que o presidente Jair Bolsonaro tem utilizado a cloroquina como campanha política para 2022. Para tanto, de acordo com ela, ele não precisa que o medicamento seja de fato eficaz contra o coronavírus.
“A ciência, como todos vocês sabem, é comunista. Infectado, Bolsonaro se tornou a ‘prova’ de que a cloroquina dá certo”, ironiza a advogada. Ela diz, em seguida, que a estratégia do ex-capitão para as próximas eleições requer apenas que as pessoas acreditem que o remédio é eficaz contra a doença.
“O presidente sem projeto e do ‘a culpa não é minha’ não precisa que a cloroquina funcione, precisa só que as pessoas acreditem que funciona para que ele possa repetir o ‘mimimi’ que engaja, vejam só a ironia, quem reclama que tudo é ‘mimimi'”, continua.
Com isso, de acordo com ela, Bolsonaro utilizará o argumento de que, por culta de seus adversários, pessoas foram impedidas de utilizar o medicamento e de se salvar na pandemia.
“É uma complementação da já manjada, e equivocada, desculpa de que o STF decidiu que o governo federal não podia criar um plano de enfrentamento à Covid-19. Assim, a cura do coronavírus foi inviabilizada pela oposição, e a crise econômica é culpa da oposição”, diz a advogada.
Prioli destaca que há um empecilho nessa estratégia de campanha do presidente. O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação para apurar possível mau uso de recurso público, através de superfaturamento, com a produção de cloroquina pelo Exército.
O Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército já gastou mais de R$ 1,5 milhão para produzir o medicamento em meio à pandemia do coronavírus. A produção já foi ampliada em mais de 100 vezes.

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