"Educadores e parlamentares criticaram muito o governo", afirmou o apresentador William Bonner
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| Reprodução/TV Globo |
Por Lucas Rocha
O Jornal Nacional, da TV Globo, dedicou cerca de 10 minutos da edição desta segunda-feira (20) para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O telejornal expôs as críticas ao projeto apresentado pelo governo Bolsonaro e reforçou o texto da relatora, professora Dorinha (DEM/TO).
“O presidente da Câmara, líderes de partidos e o governo estão buscando um acordo para a votação do Fundeb, um fundo que financia a educação básica no país. Educadores e parlamentares criticaram muito o governo por, entre outras iniciativas, tentar tirar recursos da educação para financiar aposentadorias e para um programa de transferência de renda”, disse o apresentador William Bonner.
Reportagem do jornalista Júlio Mosquera deu destaque à faixa estendida por entidades estudantis e dos profissionais de educação na frente do Congresso Nacional em favor do Fundeb e logo de início trouxe as críticas ao projeto do governo.
Dorinha criticou as intenções do Planalto de colocar a vigência do Fundeb apenas para 2022; Cecília Motta, presidenta do Conselho Nacional de Secretários de Educação, cobrou a integralidade da proposta da Câmara – de 20% de complementariedade do Governo Federal, e não 15% -; e o deputado federal Bacelar (PODE-BA), presidente da comissão do Fundeb, afirmou que Bolsonaro tenta burlar a Lei do Teto utilizando os recursos da educação.
O diretor da União Nacional de Diretores Municipais de Educação (Undime) ainda apontou a proposta como um desmonte ao tratar sobre a possibilidade de uso do dinheiro do fundo para pagar aposentadorias e pensões e na limitação do uso dos recursos para salários de professores.
O educador Daniel Cara, professor da USP e líder da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, também foi incisivo: “Essa proposta do Governo Federal demonstra que o Governo Federal não conhece a realidade das escolas públicas e, tampouco, conhece a política educacional tal como ela precisa ser desenvolvida”.
O telejornal ainda destacou que 20 governadores difundiram carta em apoio ao texto da relatora e expôs uma pesquisa do Todos Pela Educação que mostra as diversas perdas promovidas pela proposta do governo com relação à da Câmara. Secretários estaduais de Sergipe e Maranhão também criticaram as mudanças.
A votação do relatório de professora Dorinha vai acontecer na terça-feira (21). É possível que um novo texto seja apresentado após pressão de Bolsonaro, mas o apoio dos governadores, capitaneados por Fátima Bezerra (PT-RN), pode reforçar a posição da relatora.
Revista Fórum

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