Em entrevista ao El País nesta quarta-feira, 7, o ex-presidente Lula (PT) analisou o cenário político nas eleições municipais e suas perspectivas para 2022.
Perguntado sobre qual o projeto do PT para recuperar os votos que foram para o presidente Jair Bolsonaro, Lula pontuou o seguinte:
“Cada eleição é uma realidade! Se engana qualquer cientista político que queira fazer uma ligação automática entre as eleições de 2016 e 2018, de 2020 com 2022. Cada eleição é uma eleição. Não adianta um time ser o melhor classificado entre os quatro se na disputa, ele perde. A disputa pela presidência é peculiar e o PT sabe fazê-la. Não é pouca coisa a quantidade de votos que o PT teve nesse país. Agora, se as pessoas querem ficar apostando no fim do PT, vão quebrar a cara. Porque o final do PT é ganhar as eleições presidenciais em 2022”
Em outro momento da conversa, o ex-presidente falou sobre sua influência na candidatura de Jilmar Tatto (PT) a Prefeitura de São Paulo.
“O Jilmar têm um partido muito forte, é preciso saber se o PT vai conseguir convencer as pessoas que teoricamente votam no partido para votar no Jilmar. Esse é o desafio do partido e do Jilmar. Vamos começar a campanha de TV e não é o Lula gravando, é um ledo engano das pessoas acharem que uma pessoa de fora vai eleger. Quem têm que ganhar eleições é o Jilmar”.
Lula também respondeu sobre a “frente ampla”, dizendo que se for para fazer uma “reforma tributária em que os ricos paguem imposto de verdade”, e “voltar a dar cidadania ao povo que é excluído desde o tempo da escravidão”, então ele está disposto. Mas se for para fazer um arranjo por cima, diz Lula, “eu já tenho idade demais, eu já vivi demais, eu já tenho experiência demais, e eu não vou enganar o povo mais uma vez”.
Assista a entrevista completa!
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