Allan dos Santos, do Terça Livre, em depoimento na CPMI das Fake News em 2019: grupo se considerava o maior canal de perfil conservador fora dos EUA - Roque de Sá/ Agência Senado
Por Congresso em Foco

Um relatório da Polícia Federal indicou que o site Terça Livre, comandado pelo polemista Allan dos Santos, atuou em momentos para pressionar o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atendendo a pedido de deputados bolsonaristas. Os policiais também apresentaram provas do financiamento do site, que buscou aumentar sua esfera de influência dentro de um amigável governo no Palácio do Planalto.

Parte do conteúdo do relatório foi apresentado pelo Jornal Nacional, neste sábado (5).

O documento da Polícia Federal trata dos atos antidemocráticos que ocorreram no Brasil desde o ano passado, e se baseiam em documentos e conversas eletrônicas encontradas na residência de Allan dos Santos. Nestas comunicações, é possível encontrar conversas entre Allan e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), com o objetivo de pressionar o então presidente da Câmara.

Os dois participariam de uma live com outro deputado, Carlos Jordy (PSL-RJ), com o objetivo de pedir a saída de Maia do cargo. Segundo o jornal, Allan disse a Jordy que o tema da transmissão que participariam era "bater no Maia."

A Polícia Federal também levantou, durante a investigação, as origens do dinheiro que abastece o site Terça Livre. Uma ponta da investigação indicou que o dinheiro viria do exterior por meio de João Bernardo Barbosa, um empresário brasileiro que mora em Miami, nos Estados Unidos. Allan dos Santos teria articulado com a deputada Bia Kicis (PSL-DF) para evitar a convocação de João Bernardo à CPMI das Fake News.

Outra ponta indica repasse de servidores públicos a Allan – incluindo um deposito de R$ 70 mil vindo de uma servidora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No auge das manifestações, segundo a PF, quase 650 transações não identificadas foram recebidas por Allan.

A única pessoa citada na matéria que respondeu a reportagem foi a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que era uma das investigadas por participação nos atos – a Procuradoria-Geral da República pediu nesta semana o arquivamento do inquérito. Para a deputada, a decisão do vice-PGR Humberto Jacques pelo arquivamento foi correta. A parlamentar negou qualquer financiamento a atos antidemocráticos.

 

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