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Foto: Reprodução Youtube |
Para o epidemiologista Pedro Hallal, o presidente é o responsável direto por pelo menos três de cada quatro mortes por Covid-19 no Brasil
CartaCapital
O presidente Jair Bolsonaro é o principal responsável pelas quase 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil. Esta é a conclusão que a CPI da Pandemia deve chegar, de acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, professor da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo sobre coronavírus no País.
Em entrevista ao Direto da Redação, boletim de notícias de CartaCapital no Youtube, Hallal afirmou que, a cada quatro mortes pela doença no Brasil, três eram evitáveis.
“O governo investiu na imunidade de rebanho e, ao adotar esse processo, causou diretamente mortes. O governo tinha um gabinete paralelo que desqualificou o trabalho de ministros como o [Henrique] Mandetta e o [Nelson] Teich”, disse na conversa.
“Não tem nenhuma possibilidade do Bolsonaro não ser condenado. Foi ele que determinou que o Exército produzisse cloroquina, foi ele que determinou a imunidade de rebanho como política de Estado, ele é quem dissemina o vírus passeando de máscara. Não existe possibilidade processual jurídica que isente o Bolsonaro de responsabilidade”, acrescentou.
Para ele, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações e omissões do governo na pandemia não deve trazer grandes novidades porque as provas já estavam dadas nos discursos e atitudes do presidente. “A CPI pode achar outros culpados, mas o principal deles é o Bolsonaro, porque foi quem criou os atos irregulares”.
De acordo com Hallal, o Brasil, que tem 2,7% da população mundial, deveria ter no máximo esse índice de mortes. Na última quarta-feira 9, o País atingiu a marca de 479.515 mil óbitos por Covid-19.
“Se o País estivesse na média mundial do enfrentamento à Covid, teria 2,7% das mortes pela doença no mundo, mas tem quase 13%. Ou seja, de cada quatro mortes, três poderiam ter sido evitadas”, contabiliza.
Em entrevista ao Direto da Redação, boletim de notícias de CartaCapital no Youtube, Hallal afirmou que, a cada quatro mortes pela doença no Brasil, três eram evitáveis.
“O governo investiu na imunidade de rebanho e, ao adotar esse processo, causou diretamente mortes. O governo tinha um gabinete paralelo que desqualificou o trabalho de ministros como o [Henrique] Mandetta e o [Nelson] Teich”, disse na conversa.
“Não tem nenhuma possibilidade do Bolsonaro não ser condenado. Foi ele que determinou que o Exército produzisse cloroquina, foi ele que determinou a imunidade de rebanho como política de Estado, ele é quem dissemina o vírus passeando de máscara. Não existe possibilidade processual jurídica que isente o Bolsonaro de responsabilidade”, acrescentou.
Para ele, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações e omissões do governo na pandemia não deve trazer grandes novidades porque as provas já estavam dadas nos discursos e atitudes do presidente. “A CPI pode achar outros culpados, mas o principal deles é o Bolsonaro, porque foi quem criou os atos irregulares”.
De acordo com Hallal, o Brasil, que tem 2,7% da população mundial, deveria ter no máximo esse índice de mortes. Na última quarta-feira 9, o País atingiu a marca de 479.515 mil óbitos por Covid-19.
“Se o País estivesse na média mundial do enfrentamento à Covid, teria 2,7% das mortes pela doença no mundo, mas tem quase 13%. Ou seja, de cada quatro mortes, três poderiam ter sido evitadas”, contabiliza.
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