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Marcelo Ramos e Braga Netto (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Isac Nóbrega/PR) |
Vice-presidente da Câmara reagiu à ameaça do general Braga Netto, que condicionou a realização das eleições de 2022 ao voto impresso. “Netto se afasta do seu juramento militar e envereda por um golpismo que precisa ser combatido duramente pela sociedade”, disse o parlamentar
Lais Gouveia
247 - O deputado Marcelo Ramos (PL), vice-presidente da Câmara, reagiu à informação de que o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, condicionou a realização do pleito eleitoral de 2022 ao voto impresso, numa tentativa de golpear o processo eleitoral
Ramos disse ao portal O Antagonista que “numa democracia, quem decide se tem ou não eleição não são os militares, e, sim, a Constituição que eles juraram defender e cumprir”.
“Portanto, se realmente houve o episódio, o ministro da Defesa se afasta do seu juramento militar e envereda por um golpismo que precisa ser combatido duramente pela sociedade, pelos Poderes e pelas instituições democráticas.”, acrescentou o parlamentar.
Saiba mais
Jair Bolsonaro não está isolado em seu projeto de implantar uma ditadura no Brasil. Ele conta com o apoio do general Braga Netto, seu ministro da Defesa e homem de confiança. É o que revelam as jornalistas Andreza Matais e Vera Rosa, em reportagem publicada no Estado de S. Paulo. "No último dia 8, uma quinta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político. O general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica", apontam.
A portas fechadas, Lira disse a um seleto grupo que via aquele momento com muita preocupação porque a situação era “gravíssima”. "Lira considerou o recado dado por Braga Netto como uma ameaça de golpe e procurou Bolsonaro. Teve uma longa conversa com ele, no Palácio da Alvorada. O presidente da Câmara disse ao chefe do Executivo que não contasse com ele para qualquer ato de ruptura institucional. Líder do Centrão, bloco que dá sustentação ao governo no Congresso, Lira assegurou que iria com Bolsonaro até o fim, com ou sem crise política, mesmo se fosse para perder a eleição, mas não admitiria golpe", informam as repórteres.
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