Por Altamiro Borges
Jair Bolsonaro vai ter outro nó nas tripas cerebrais. Além da queda de popularidade nas pesquisas e das revelações de propina na CPI do Genocídio, ele agora também é alvo do YouTube. Na semana passada, a plataforma removeu 15 vídeos, sendo 14 lives, postados pelo "capetão" e sinalizou que pode bloqueá-lo na internet de forma ainda mais incisiva.
Segundo a multinacional, as postagens foram censuradas por difundirem fake news sobre o enfrentamento da pandemia. “Após análise cuidadosa, removemos vídeos do canal Jair Bolsonaro por violar nossas políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19", diz a nota da poderosa empresa ianque.
"Nossas regras não permitem conteúdo que afirma que hidroxicloroquina e/ou ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir Covid-19; garante que há uma cura para a doença; ou assegura que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus”, complementa o comunicado.
Vídeos com Pazuello, Damares e Nise
Entre as 14 lives removidas, estão as transmissões que o presidente fez em 6 de agosto do ano passado com o general Eduardo Pazuello, e em 27 de agosto com a ministra Damares Alves – ambas divulgando mentiras sobre o combate ao coronavírus. Outro vídeo censurado foi um no qual o presidente reproduziu uma entrevista da médica Nise Yamaguchi recomendando cloroquina e ivermectina em entrevista à emissora CNN-Brasil.
Segundo o site Metrópoles, “a ação é especialmente grave porque gerou o que o YouTube chama de alerta ao usuário, ou seja, sinalizou a Bolsonaro que houve uma violação das regras de uso da plataforma. Na próxima violação que o presidente cometer, ele sofrerá um ‘strike’, ou seja, ele ficará por uma semana sem poder usar o canal".
Já a agência internacional de notícia Reuters analisou o canal de Jair Bolsonaro e confirmou que ele atentou várias vezes contra as regras da multinacional ianque, mesmo quando não nomeou os medicamentos comprovadamente ineficazes. “O presidente vinha evitando falar os nomes da cloroquina e da ivermectina durante as lives, justamente para evitar que os vídeos fossem excluídos do YouTube e também do Facebook... Um dos vídeos removidos foi uma transmissão de 27 de maio em que Bolsonaro sugeriu tomar chás usados por indígenas para tratar da Covid-19 e novamente defendeu a cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada”.
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