O vice-presidente general Mourão e o atual presidente do TSE e ministro do STF Luis Barroso tiveram um encontro fora das agendas de ambos na última terça-feira na casa de Barroso e a pedido dele.
A informação caiu como uma bomba na cabeça do paranoico Bolsonaro, que sentiu o temor do efeito Temer, que se encontrava com opositores de Dilma conspirando para seu impeachment.
O encontro ocorreu na mesma manhã do vexame mundial que foi a "exibição de força" de carros de combate da Marinha, que mostrou o lamentável estado até de manutenção dos blindados, que mais pareciam antigos carros do fumacê a pulverizar fumaça para matar insetos.
Abalado com o vexame do desfile blindado e com a posterior derrota da emenda dos votos impressos na Câmara, mesmo com um pacote de R$1 bilhão em emendas secretas para comprar deputados, Bolsonaro teve um surto ao saber do encontro.
Como suas relações com Mourão nunca foram boas e não há nada que ele possa fazer contra o vice, Bolsonaro partiu para o ataque contra Barroso e, de quebra, o ministro Alexandre de Moraes, que já mandou investigá-lo três vezes nos últimos tempos.
Bolsonaro disse que vai acionar o Senado na semana que vem contra os dois por supostamente invadirem competência dos outros Poderes da República.
Apavorado com a possibilidade até da prisão de seu filho Carlos Bolsonaro, que não tem imunidade parlamentar, por participação no gabinete de ódio e divulgação de fake news, Bolsonaro ataca. Mas, quanto mais ele se move, mais se assemelha àqueles insetos presos em teias de aranhas, que quanto mais se debatem mais presos ficam.
Se o pedido de Bolsonaro ao Senado pode, em tese, levar ao impeachment dos ministros Barroso e Alexandre, também pode, num contragolpe, levar ao impeachment do próprio Bolsonaro. Ou ao menos a uma reação corporativa que leve à prisão o filho Carluxo.
Esta é a lama em que atiraram o país após o impeachment de uma presidenta honesta, derrubada sem crime. O horror fabricado contra o PT acabou nos trazendo ao horror mesmo, dos quase 600 mil mortos, 15 milhões de desempregados, 25 milhões de brasileiros na miséria e de um presidente que expõe o país ao ridículo aos olhos do mundo.

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;