Lula venceria as eleições em todos os cenários testados pelo instituto de pesquisa - Miguel Schincariol/AFP

Esta é a 5ª pesquisa em que o ex-presidente repete alta – ele tinha 25% em março, quando seu nome voltou a ser testado


Brasil de Fato

A nova rodada da pesquisa XP/Ipespe para a eleição presidencial de 2022, divulgada pelo instituto nesta terça-feira (17), registra continuidade na tendência de crescimento das intenções de voto no ex-presidente Lula (PT). No levantamento de agosto, ele aparece com 40%, dois pontos percentuais a mais que na pesquisa anterior, enquanto Jair Bolsonaro (sem partido) tem 24%, dois pontos a menos que na última sondagem.

Esta é a quinta pesquisa em que o ex-presidente repete a tendência de alta – ele tinha 25% em março, quando seu nome voltou a ser testado. Atrás dele e de Bolsonaro aparecem Ciro Gomes (10%), Sérgio Moro (9%), Mandetta e Eduardo Leite (4%). O petista também lidera cenário alternativo, em que João Doria (5%) é testado no lugar de Leite e em que são incluídos Datena (5%) e Rodrigo Pacheco (1%) e é excluído Sérgio Moro.

Nesse cenário, Lula tem 37% e Bolsonaro, 28%. Lula também continua registrando crescimento no levantamento espontâneo, quando o nome dos candidatos não é apresentado ao entrevistado: ele passou de 25% para 28%, enquanto Bolsonaro segue estável com 22%.


Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (sem partido) são os dois nomes melhor colocados na chamada "terceira via" / XP

No principal cenário de segundo turno, Lula ampliou vantagem sobre Bolsonaro. O petista oscilou dois pontos para mais, e Bolsonaro, três para menos. Agora o ex-presidente venceria com 51% contra 32% do atual presidente. O interesse em relação ao pleito está em alta. Hoje são 49% os que dizem estar muito interessados na eleição, contra 46% na pesquisa anterior.

Avaliação de governo Bolsonaro segue em queda

A rodada de agosto da pesquisa XP/Ipespe mostra continuidade na tendência de crescimento das avaliações negativas do governo Jair Bolsonaro. No levantamento atual são 54% os que dizem considerar o governo ruim ou péssimo contra 52% no mês passado.

O crescimento na rejeição é constante desde outubro de 2020, quando 31% diziam considerar a gestão ruim ou péssima. Na outra ponta, os que veem o governo como bom ou ótimo somam 23%, dois pontos a menos que na pesquisa de julho. Os dois números são os piores para o governo desde o início da série.

A visão contrasta com outros indicadores sobre a situação econômica: a percepção sobre as chances de manutenção de emprego, por exemplo, segue em tendência de alta desde maio. O grupo que vê possibilidade grande ou muito grande de continuar empregado chega a 56%.

A pesquisa registrou também estabilidade sobre o sentimento da população em relação à pandemia: o grupo dos que dizem estar com muito medo do surto oscilou de 38% para 39% -- esta é a primeira vez desde abril que essa fatia dos entrevistados não reduz seu tamanho. No mesmo assunto, a soma das pessoas que já se vacinaram com as que dizem que vão se vacinar com certeza atingiu seu maior patamar, chegando a 96%

Foram realizadas 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, de 11 a 14 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Edição: Vinícius Segalla

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