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Imagem: TVBrasil |
Órgão público ligado à Presidência da República faz o controle dos veículos que participarão do ato, que tem caráter político e é privado. A desculpa é que “o presidente estará presente”
Henrique Rodrigues
Jornalista e professor de Literatura Brasileira.
Chefiado pelo general Augusto Heleno, um dos mais fiéis e submissos ministros de Bolsonaro, o GSI presta-se a um papel de promotor de eventos ao ficar incumbido de controlar os caminhões de som que farão parte de uma manifestação de cunho político e natureza privada, uma vez que o ato de apoio ao autoritarismo do presidente em São Paulo é organizado por Tomé Abduch, empresário e líder do movimento ultrarreacionário Nas Ruas.
O caso é apenas mais um de aparelhamento político absoluto instaurado por Jair Bolsonaro nos órgãos públicos federais, atualmente utilizados para satisfazer todo tipo de demanda pessoal do presidente. O uso de aviões e helicópteros da FAB por ele e pelos filhos para atividades meramente de lazer, assim como os gigantescos contingentes militares e policiais de que faz uso nos seus improdutivos e caríssimos passeios de moto semanais são outros exemplos do uso de dinheiro e servidores públicos para agendas particulares do líder radical.
A desculpa dada oficialmente pelo GSI para engajar-se como organizador de festejos golpistas na capital paulista é a de que a presença do presidente exige cuidados com sua segurança e que, por isso, os trios elétricos estão sendo organizados pelo órgão.
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