Monark extrapolou em discussão com Tabata Amaral. O youtuber recebeu apoio de Kim Kataguiri, do MBL, que também fazia parte da bancada. “Privilégio branco é defender a existência do nazismo em uma plataforma com milhões de seguidores, não perder patrocinadores e não sair algemado dali”, comentou Teresa Cristina


Redação Pragmatismo
4-5 minutos
O apresentador Monark, do Flow Podcast, defendeu durante o programa na noite desta segunda-feira (7) a existência de um partido nazista no Brasil. Em conversa com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos-SP), Monark começou dizendo que a “esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical” e, na sua opinião, “as duas tinham que ter espaço”.

“Eu sou mais louco do que vocês. Eu acho que tinha que ter partido nazista reconhecido pela lei”, afirmou. A deputada, então, o interrompe e lembra: “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco. O nazismo é contra a população judaica. Isso coloca uma população inteira em risco.”

Monark insiste e diz que “se um cara quisesse ser anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”. E pergunta: “Você vai matar quem é anti-judeu? […] Ele não está sendo anti-vida, ele não gosta dos ideais [dos judeus]”. Tabata Amaral explica que o judaísmo não é um sistema de ideais. “O judaísmo é uma identidade, uma religião, uma raça.”

Kim Kataguiri, do MBL, saiu em defesa de Monark durante a discussão e ajudou a reforçar a ideia de ‘vale tudo’ em defesa de uma suposta ‘liberdade de expressão’.

A declaração de Monark causou indignação e revolta nas redes sociais. Algumas entidades judaicas já se pronunciaram e afirmaram que “ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas”.

A cantora Teresa Cristina disse que “privilégio branco é defender a existência do nazismo em uma plataforma com milhões de seguidores, não perder patrocinadores e não sair algemado dali.”

O deputado federal Alexandre Padilha afirmou que o posicionamento de Monark “é tão problemático que chega a ser difícil acreditar que alguém teve coragem de falar tamanho absurdo”.

A cientista política Nailah Neves lembrou que além de ser anti-judeu, o partido nazista também era anti-negro e anti-LGBT. “Ele simplesmente está fazendo uma apologia a um partido que pregaria a morte a mais da metade da população brasileira”, publicou ela.

O jornalista Guga Chacra também se posicionou. “Um imbecil este rapaz com podcast popular que defende a legalização do Partido Nazista no Brasil. Os nazistas mataram 6 milhões de judeus em escala industrial no Holocausto, além de centenas de milhares de romas (ciganos) no Porajmos.”

VÍDEOS:








Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads