| Lula reuniu milhares de pessoas em evento na UERJ e criticou objetivamente o governo Bolsonaro. "Como eles não sabem governar, só querem vender o que está pronto" | Reprodução |
Em evento na Uerj, Lula apelou pelo fim da guerra na Ucrânia e criticou Bolsonaro por tentar se apropriar dos símbolos nacionais. “Vamos dizer que a bandeira brasileira não é desse fascista”
Por Tiago Pereira, da RBA
4-6 minutos
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (30) que o Brasil está na “hora de se indignar”. Diante milhares de pessoas que participaram do encerramento do Encontro Democracia e Igualdade, no auditório da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Lula manifestou indignação pela volta da fome no país e pelos retrocessos na educação, citando o mais recente escândalo envolvendo pastores no Ministério da Educação. Também mostrou-se inconformado pela condução desastrosa de Bolsonaro ante a pandemia de covid-19 e a corrupção na compra das vacinas demonstrada pela CPI da Covid.
O pré-candidato do PT à Presidência, Lula citou os esforços durante as gestões petistas para retirar o Brasil do Mapa da Fome. Os resultados foram reconhecidos pela ONU em 2014. “O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Não é possível ver as pessoas correndo atrás do caminhão de frango que tombou, pegando osso”, disse Lula. “Não é falta de carne, não é falta de arroz. É falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país”, acrescentou.
Além disso, o ex-presidente disse, mais uma vez, que pretender “abrasileirar” os preços dos combustíveisno país, criticando o atrelamento da gestão da Petrobras aos preços internacionais do petróleo. Ele lembrou à plateia que, durante a crise financeira internacional de 2008, o preço do barril de petróleo chegou a custar US$ 147, mas na bomba o preço médio da gasolina no Brasil era de R$ 2,40. Também ressaltou que, nos 13 anos de governos petistas, não houve escalada de preço do gás de cozinha. “Nós vamos voltar. E quando a gente voltar, a gente vai tratar de abrasileirar o preço das coisas”.
Lula voltou a enfatizar a intenção de revogar a “reforma” trabalhista. “Se preparem, porque nós vamos voltar a garantir direitos ao povo trabalhador desse país”, disse, ao comentar a situação precária em que vivem os trabalhadores de aplicativos. Como exemplo, ele citou o caso da Espanha, que recentemente revogou a reforma trabalhista que retirou direitos.
Nesse sentido, Lula destacou também que atualmente a maioria das negociações coletivas não conseguem repor as perdas salariais. “No meu governo, 90% das categorias faziam acordos com aumento acima da inflação”.
Antes de tratar da guerra, no entanto, Lula criticou a relação de Bolsonaro com os militares. “Bolsonaro não é dono dos militares. Eles fazem parte de uma instituição do povo brasileiro para defender o país de inimigos externos. Não têm ficar ‘puxando o saco’ nem de Lula, nem de Bolsonaro. Tem que ficar acima das brigas políticas”, afirmou.
Em seguida, Lula ressaltou a integração latino-americana durante as gestões petistas, com o fortalecimento do Mercosul e da Unasul. Disse, assim, que espera que todos os países sejam tratados em igualdade de condições, com respeito à integridade territorial. Nesse sentido, ele aproveitou para fazer um apelo pelo fim do conflito na Ucrânia.
“A gente precisa avisar para o Putin, para o presidente da Ucrânia, para o Biden e para os líderes europeus: Parem com essa guerra! O povo precisa de paz. E quer emprego, educação, cultura. O povo quer vida, não quer morte”, clamou o ex-presidente.
O pré-candidato do PT à Presidência, Lula citou os esforços durante as gestões petistas para retirar o Brasil do Mapa da Fome. Os resultados foram reconhecidos pela ONU em 2014. “O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Não é possível ver as pessoas correndo atrás do caminhão de frango que tombou, pegando osso”, disse Lula. “Não é falta de carne, não é falta de arroz. É falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país”, acrescentou.
Além disso, o ex-presidente disse, mais uma vez, que pretender “abrasileirar” os preços dos combustíveisno país, criticando o atrelamento da gestão da Petrobras aos preços internacionais do petróleo. Ele lembrou à plateia que, durante a crise financeira internacional de 2008, o preço do barril de petróleo chegou a custar US$ 147, mas na bomba o preço médio da gasolina no Brasil era de R$ 2,40. Também ressaltou que, nos 13 anos de governos petistas, não houve escalada de preço do gás de cozinha. “Nós vamos voltar. E quando a gente voltar, a gente vai tratar de abrasileirar o preço das coisas”.
Lula voltou a enfatizar a intenção de revogar a “reforma” trabalhista. “Se preparem, porque nós vamos voltar a garantir direitos ao povo trabalhador desse país”, disse, ao comentar a situação precária em que vivem os trabalhadores de aplicativos. Como exemplo, ele citou o caso da Espanha, que recentemente revogou a reforma trabalhista que retirou direitos.
Nesse sentido, Lula destacou também que atualmente a maioria das negociações coletivas não conseguem repor as perdas salariais. “No meu governo, 90% das categorias faziam acordos com aumento acima da inflação”.
‘Não sabem governar’
Para Lula, o aumento da inflação, da pobreza e da fome no Brasil não tem relação direta com a guerra na Ucrânia, como parte da mídia tenta fazer crer, reproduzindo justificativas da equipe econômica de Bolsonaro. Ele afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, “não sabe fazer a economia pensando no povo” e a única solução apresentada pelo atual governo é vender as empresas estatais. “Como eles não sabem governar, só querem vender o que está pronto“, criticou.Antes de tratar da guerra, no entanto, Lula criticou a relação de Bolsonaro com os militares. “Bolsonaro não é dono dos militares. Eles fazem parte de uma instituição do povo brasileiro para defender o país de inimigos externos. Não têm ficar ‘puxando o saco’ nem de Lula, nem de Bolsonaro. Tem que ficar acima das brigas políticas”, afirmou.
Em seguida, Lula ressaltou a integração latino-americana durante as gestões petistas, com o fortalecimento do Mercosul e da Unasul. Disse, assim, que espera que todos os países sejam tratados em igualdade de condições, com respeito à integridade territorial. Nesse sentido, ele aproveitou para fazer um apelo pelo fim do conflito na Ucrânia.
“A gente precisa avisar para o Putin, para o presidente da Ucrânia, para o Biden e para os líderes europeus: Parem com essa guerra! O povo precisa de paz. E quer emprego, educação, cultura. O povo quer vida, não quer morte”, clamou o ex-presidente.
Bandeira
Lula disse ainda que Bolsonaro é “tão frágil, tão boçal”, que não conseguiu criar um partido para ele. Por isso, segundo Lula, na falta de um projeto político, o atual presidente tenta se apropriar das cores da bandeira do Brasil. “Vamos dizer que a bandeira brasileira não é desse fascista. Pertence a 213 milhões de brasileiros. Ele se apoderou como se fosse dele”. Nesse momento, a plateia reagiu, em coro, com xingamentos a Bolsonaro.
Assista à íntegra do encerramento do Encontro Democracia e Igualdade

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