Viomundo

Da Redação

Às 17h30 dessa quinta-feira, 14 de abril, o deputado Rogério Correia (PT-MG) protocolou na Mesa Diretora da Câmara dois requerimentos destinados ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Em um deles (na íntegra, ao final), requer dados sobre os encontros do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, bem como os registros de ingresso de ambos no Palácio do Planalto.

Santos e Moura estão no centro de um escândalo de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

São suspeitos de intermediar a liberação de recursos da educação junto a municípios, em troca de propina em dinheiro, ouro e até compra de bíblias, segundo prefeitos.

O outro requerimento é de convocação (na íntegra, ao final) do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para esclarecer critérios adotados para classificar como sigilosas informações tipicamente públicas, em particular os encontros do presidente Bolsonaro com Gilmar Santos e Arilton Moura.

Por meio da Lei de Acesso à Informação, o jornal O Globo pediu horários de entrada e saída do palácio dos dois pastores.

O GSI respondeu ao jornal que não seria possível dar os detalhes solicitados:

“A solicitação não poderá ser atendida. Observa-se, assim, que o tratamento de dados pessoais coletados no caso, o nome e a data de entrada de visitantes na Presidência da República, cumpre a finalidade específica de segurança”.

Porém, no início da noite dessa quinta-feira, 14-04, o governo, pressionado, voltou atrás e tornou público os registros das entradas dos pastores na sede do governo federal.

Disse que a publicização “é fruto de recente manifestação da Controladoria-Geral da União quanto à necessidade de atender o interesse público”.

O GSI da Presidência divulgou um documento com três páginas (na íntegra, mais abaixo), no qual informa que:

— O pastor Arilton Moura esteve 35 vezes no Palácio do Planalto, entre o início do governo Bolsonaro e fevereiro de 2022.

— A maior parte das vezes foi sozinho. Mas em 10 visitas o pastor Gilmar Santos estava junto.

— Em duas ocasiões o destino registrado era gabinete pessoal do presidente jair Bolsonaro.

— Juntos os pastores também estiveram seis vezes na Casa Civil e uma vez na Secretaria de Governo.

— O pastor Arilton foi ainda ao gabinete do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

— O lugar mais visitado por Arilton foi a Secretaria de Governo: 16 vezes. Justamente um dos órgãos responsáveis  pela articulação política e liberação de verbas.

Diante da divulgação desses dados, o Viomundo perguntou ao deputado Rogério Correia como ficavam os dois rquerimentos que protocolou nessa quinta-feira na Mesa da Câmara um pouco mais cedo.



“Vamos mantê-los para aprofundar os questionamentos e as informações”, avisa.




 

  

 

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