| Valdemar Costa Neto, presidente do PL – Foto: Agência Brasil |
Valdemar se encontrou com membros do Judiciário para se proteger da repercussão do relatório sustentado por Bolsonaro
Patricia Faermann
jornalggn.com.br
~3 minutos
O relatório do PL que pede a anulação do segundo turno das eleições presidenciais foi uma demanda e articulação de Jair Bolsonaro. Mas o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, não entregou o crédito completo para a estratégia do mandatário.
De acordo com as jornalistas Carla Araújo e Juliana Dal Piva, do Uol, horas antes da apresentação do documento que tenta que desmantelar todo o processo eleitoral que elegeu Lula e derrotou Bolsonaro, o autor do estudo foi recebido por Bolsonaro na residência oficial.
Nesse processo, Valdemar apenas “cedeu à pressão do presidente”, sem estar convencido de que a estratégia funcionaria. Ainda, antes da coletiva de imprensa na noite desta terça (22), no qual o presidente do PL leu as conclusões do relatório, o político se encontrou com alguns membros do Judiciário para se velar da repercussão que o documento iria trazer.
Um desses encontros, anunciaram as jornalistas, foi com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, na segunda-feira (21).
Sem contrariar o chefe do Executivo, Valdemar tentou justificar o documento, mas teria explicitado que sabia que a estratégia não teria resultados.
Assim, a atitude do presidente do PL não teria passado de um “jogo de cena” para agradar Bolsonaro, mas se protegendo junto aos autoridades previamente de ser acusado de antidemocrático.
A falta de credibilidade da estratégia de Bolsonaro ressou não apenas no presidente do PL, como também no entorno e auxiliares do mandatário, que não acreditariam na possibilidade de anulação das eleições, como Jair Bolsonaro quer. Eles sustentam, somente, que as informações precisam ser investigadas.

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