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Patricia Faermann
jornalggn.com.br
2–3 minutos
Para o psicanalista Christian Dunker, silêncio de 50 dias de Jair Bolsonaro, desde que foi derrotado, é um estado de estupor
O silêncio de 50 dias de Jair Bolsonaro, desde que foi derrotado para Lula nas eleições 2022, já foi interpretado como tratativas para incitar um golpe, frustração, não aceitação do resultado, entre outros.
Para o psicanalista Christian Dunker, que analisa o bolsonarismo e o comportamento do mandatário, a derrota o vem “massacrando” e Bolsonaro vive um quadro de estupor.
Com o já conhecido comportamento dele – e também assumido por seus seguidores – de voltar atrás ou admitir que não venceu, o bolsonarismo migra para “um sistema de crenças” que, ao serem confrontados com a realidade”, geram episódios ou de “delírio”, como é o caso do manifestante que se segurou no vidro do caminhão, ou de “catástrofe subjetiva”.
“‘Isso que não consegui admitir ao longo da jornada – a possibilidade de derrota – agora me massacra, me destrói'”, diz Dunker.
A análise foi feita em entrevista ao colunista Thiago Herdy, do Uol. Ainda, para o psicanalista, no quadro de estupor o sujeito se mantém preso ao momento de receber uma notícia inesperada, uma surpresa, gerando inatividade.
“Aparentemente é o que ocorreu, um momento prolongado de irrealização subjetiva, de quem não é capaz de acreditar no que está acontecendo. É também o que explica os episódios de choro – você não consegue se controlar, mesmo estando em um evento público. É como se o presidente lesse no olho de cada um dos generais que ele fracassou”, avaliou.
As consequências deste quadro psicanalista é, no extremo, gerar ações “destrutivas e impulsivas”, o que ainda não foi visto pelo mandatário desde que perdeu as eleições.
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