Chefe do Executivo propõe mudanças nas leis previdenciárias, tributárias e na saúde
operamundi.uol.com.br
4–5 minutos
Prensa Presidencial - Presidente participou de marcha em apoio às reformas |
Milhares de colombianos foram às ruas nesta quinta-feira (19/09) para defender as reformas propostas pelo governo de Gustavo Petro. Os atos foram organizados por partidos políticos que compõem a coalizão governista Pacto Histórico, além de sindicatos e movimentos populares. Durante a manifestação, o mandatário defendeu não só a melhora nas condições das pensões, como também a redução da idade para a aposentadoria e se posicionou contra as investigações sobre ele e seu governo.
“Eu acho que a humanidade deveria pensar que ao invés de aumentar a idade da aposentadoria, o que se deveria discutir no mundo é como reduzir a idade para pensão. Essa porcaria colocada na cabeça nos coloca a pensar que a vida do ser humano é trabalhar, trabalhar e trabalhar. Que erro enorme”, afirmou.
Além de Bogotá, outras capitais de estados colombianos receberam manifestações, como Cali, Manizales e Medellín.
Petro propõe três reformas para reestruturar o Estado colombiano. A primeira delas é uma reforma no sistema de pensões. O projeto determina que todos os cidadãos devem contribuir com um fundo público em valor proporcional a três salários mínimos. A partir desse valor, a contribuição deve ser feita em um fundo privado. A ideia é liberar recursos públicos para ajudar idosos sem aposentadoria.
O governo também busca realizar uma reforma tributária, com o objetivo reduzir as regras fiscais para os gastos públicos. Na prática, é uma forma de o governo ter uma flexibilidade maior para fazer investimentos, sem amarrar os gastos ao crescimento econômico. O governo também propõe aumentar o importo de renda para quem ganha acima de US$ 4 milhões (R$ 21 milhões) por ano.
A terceira proposta é transformar a saúde em um direito fundamental e determinar que o Estado seja responsável pelo sistema de saúde de maneira universal. Com isso, as chamadas Empresas Promotoras de Saúde (EPS) perdem a importância na prestação do serviço. Essas ferramentas são uma forma de concessão da gestão de hospitais e unidades de saúde que seriam públicos.
As reformas têm sido combatidas por setores empresariais, que afirmam que o governo vai ampliar a dívida pública. Para o presidente, esses grupos mostram um enorme “egoísmo social”.
As marchas foram organizadas em meio a novas denúncias do mandatário de um um golpe de Estado contra ele. Dessa vez, o caso envolve a investigação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre o financiamento de sua campanha presidencial, em 2022. A investigação afirma que Petro teria extrapolado o limite de gastos para a disputa presidencial em mais de 5,3 bilhões de pesos (R$ 7 milhões aproximadamente).
Segundo a Constituição colombiana, a única instituição que pode abrir uma investigação contra um presidente da República é a Comissão de Investigação e Acusação da Câmara dos Deputados. O CNE é um órgão administrativo e pode investigar campanhas eleitorais. No entanto, o resultado dessas investigações não pode recair sobre um presidente em exercício, mas sobre o partido político do mandatário e organizadores da campanha.
De acordo com Petro, as marchas também mostram apoio ao governo em um momento de tensão que envolve uma perseguição judicial
“Não vamos defender apenas o direito à pensão. Não só chegamos a isso, mas viemos defender todos os direitos e liberdades do povo colombiano, e uma dessas liberdades é que o povo votou no presidente e derrotou a oligarquia colombiana pela primeira vez, ordenando uma mudança na favor do povo, e essa ordem não é desobedecida”, afirmou.
إرسال تعليق
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;