O suspeito de ter efetuado os disparos foi encontrado morto e há suspeita de queima de arquivo
CartaCapital |
| Ataque a tiros causou corre-corre entre participantes de comício - Foto: Reprodução/Câmera de segurança |
Três pessoas foram presas em operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PC-RS) acusados de envolvimento em um ataque a tiros durante comício de um candidato do PT à prefeitura da cidade gaúcha de Bagé no último dia 15 de setembro. Além disso, foi informado que o acusado de ter efetivado os disparos foi encontrado morto, e há suspeita de queima de arquivo.
A operação desta quinta foi às ruas para desarticular uma associação criminosa que, segundo a PF, tentava “interferir ilegalmente no processo eleitoral”. As investigações estão em andamento desde o último dia 13, depois que um grupo armado invadiu a casa de um candidato a vereador pelo PT.
O ataque a tiros aconteceu dois dias depois, quando o candidato petista à prefeitura de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, fazia um comício. Apesar dos seis tiros disparados, ninguém ficou ferido e o agressor fugiu.
Segundo a PF, o homem identificado como autor dos disparos foi encontrado morto na terça-feira 24, na cidade gaúcha de Itaara, a cerca de 250 quilômetros de Bagé. Ele foi vítima de vários disparos de arma de fogo e as investigações apontam para “provável queima de arquivo”.
“Durante as investigações, identificou-se que uma facção criminosa, dedicada ao tráfico de drogas e a outros delitos, estaria apoiando a campanha de determinada candidata, através do angariamento de votos, da cessão de imóveis para colocação de artigos de campanha, de atividades de segurança, entre outras formas de colaboração”, apontou a PF, que afirma que o grupo agia para amedrontar candidatos adversários e eleitores.
Além das prisões, os policiais que foram às ruas nesta quinta cumpriram ainda 17 mandados de busca e apreensão em Bagé e na cidade de Santa Maria, também no Rio Grande do Sul, além de uma penitenciária de segurança máxima no município de Charqueadas, onde estaria um dos líderes da organização.
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