“Eu vou livrar o Brasil desse cara [Lula], vou preso, mas vou feliz”. Motorista de aplicativo que promoveu ideologias nazistas e ameaçou matar o presidente Lula recebe “visita” da PF em casa. A mãe do acusado relatou que o filho “chorou muito” durante a operação e demonstrou arrependimento
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Redação Pragmatismo
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(Imagem: Sergio Lima/Poder 360) |
A Polícia Federal (PF) está investigando Manoel dos Santos Ferreira Junior, de 31 anos, motorista de aplicativo em Belém, Pará, por suspeita de ameaçar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e promover ideologias nazistas. A operação ocorreu após Manoel publicar em suas redes sociais declarações ameaçadoras contra o presidente, que visitou a capital paraense recentemente.
Em uma das postagens, Manoel afirmou: “Dessa vez vou conseguir chegar perto. Lula vai se arrepender de ter nascido. Eu vou livrar o Brasil desse cara, vou preso, mas vou feliz.” Além das ameaças, imagens divulgadas mostram que sua motocicleta exibia adesivos com símbolos associados ao regime nazista, como a inscrição “Luftwaffe” e a Cruz de Ferro.
A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de Manoel e determinou o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento. A mãe do suspeito, que possui deficiência auditiva, declarou desconhecer as atividades do filho nas redes sociais e afirmou que ele “chorou muito” após a operação, demonstrando arrependimento.
Especialistas alertam para o crescimento de células neonazistas no Brasil. O historiador Tunai Rehm, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o nazismo não foi um fenômeno restrito à Alemanha e que, historicamente, houve presença de células nazistas em diferentes estados brasileiros, incluindo o Pará.
A legislação brasileira, por meio da Lei 7.716/89, criminaliza a apologia ao nazismo, prevendo penas de reclusão para quem dissemina tais ideologias. A advogada criminalista Ennya Barbosa enfatizou que o uso de símbolos nazistas é proibido e que a lei busca penalizar qualquer forma de apologia a esse passado racista e genocida.
O caso de Manoel dos Santos Ferreira Junior serve como alerta para a necessidade de vigilância e combate a manifestações extremistas e discursos de ódio no país.
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