Posição do Brasil, atrás apenas da China e Vietnã, é um dos trunfos no novo tabuleiro global.

Brasil tem 3º maior reserva de terras-raras
Posição do Brasil, atrás apenas da China e Vietnã, é um dos trunfos no novo tabuleiro global.
Por Marcos de Oliveira, no Monitor Mercantil
O Brasil tem a terceira maior reserva de terras-raras do planeta, atrás da China e quase empatado com o Vietnã. Os dados, de 2024, são do US Geological Survey, órgão do Departamento do Interior dos Estados Unidos.
A China detém 40% das reservas de terras-raras, 60% da extração global e 90% da capacidade de refino. O Vietnã tem 20% das reservas, enquanto o Brasil fica com 19,1%. Em seguida vêm Rússia (9,1%) e Índia (6,3%). Os demais países detêm apenas 5,5%.
Segundo a Mapfre Investimentos, em seu Informe Semanal, o acesso privilegiado a terras-raras e minerais estratégicos, fator crítico na soberania tecnológica, é um dos trunfos brasileiros no novo tabuleiro global, em que “ciclos econômicos seguem importantes, mas questões estruturais ganharam peso nos rumos da economia”.
A Mapfre também destaca a capacidade de geração de energia, recurso cada vez mais estratégico. “Temos também um mercado consumidor de grandes dimensões e em expansão, com segmentos ainda inexplorados.”
Em relação às terras-raras, o quadro explica a dependência dos Estados Unidos. No início do ano, quando a China anunciou restrições nas exportações, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi obrigado a recuar nas tarifas de importação que anunciara contra produtos chineses.
Após encontro entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul, em 30 de outubro, as restrições de exportação de terras-raras e outros minerais estratégicos foram suspensas, mas dados chineses mostram que as vendas de ímãs para os EUA caíram 11% em novembro ante outubro, embora sigam acima dos níveis registrados no auge das restrições, em abril.
No Brasil, duas mineradoras com projetos avançados de terras-raras – Serra Verde e Aclara – fecharam contratos de financiamento com um banco estatal estadunidense, o DFC (Development Finance Corporation) que podem dar vantagens aos Estados Unidos.
Pelos termos do empréstimo fechado com a Aclara, por exemplo, o DFC poderá converter o dinheiro devido em ações.
A Serra Verde é de propriedade de dois fundos de investimento estadunidenses e um britânico. A mineradora vai receber um empréstimo de US$ 465 milhões do DFC, que investe em empreendimentos fora do país.
Publicado originalmente por: VIOMUNDO
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