do MARIA FRÔ
Recebo do cartunista Carlos Latuff (que estava em Campinas na cozinha da república que foi invadida pela Força Tática -Polícia Militar de São Paulo, do governo tucano paulista), o relato a seguir, para o qual ele fez uma charge.
Após lê-lo, imagine se isso acontecesse com o seu filho, o que você faria?
Recebo do cartunista Carlos Latuff (que estava em Campinas na cozinha da república que foi invadida pela Força Tática -Polícia Militar de São Paulo, do governo tucano paulista), o relato a seguir, para o qual ele fez uma charge.
Após lê-lo, imagine se isso acontecesse com o seu filho, o que você faria?
Agora não lhe causa indignação uma bolinha de papel atirada em um candidato à Presidência da República ganhar todos os noticiários e o evento de violência policial (invasão da casa e intimidação de estudantes universitários) presenciado e descrito por Carlos Latuff na noite de ontem não ter recebido sequer uma notinha na imprensa brasileira?
ATENÇÃO! Ofensiva contra estudantes da Unicamp
Por: Carlos Latuff, aqui
No início da noite de ontem, enquanto visitava estudantes de uma república no bairro Santa Genebra 2, em Campinas, fui surpreendido por dois policiais da Força Tática, de pistolas em punho, que invadiram a residência alegando estarem a procura de supostos traficantes. Os militares estavam acompanhados de mais três policiais a paisana e, segundo eles, foram investigar uma denúncia de que a república estudantil era na verdade uma boca de fumo. Os estudantes ficaram visivelmente constrangidos, um deles teve a mochila checada pelo policial militar.
O incidente acontece no mesmo dia em que policiais cumprindo uma ordem do Ministério Público de Campinas foram até o campus da Unicamp para impedir que fosse realizado um ensaio para o festival anual de bandas independentes conhecida por “IFCHstock”.
De acordo com estudantes, estas ações são resultado da pressão exercida por moradores da região do entorno da Unicamp, organizados na Associação dos Moradores da Cidade Universitária (AMOC), insatisfeitos com a presença de repúblicas estudantis no bairro.
No dia 17 de setembro, a mesma república invadida pela polícia foi atacada a pedradas por uma vizinha durante uma festa promovida pelos estudantes.
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