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Lula se encontrou nesta sexta-feira com o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala. Foto: Leo Pinheiro/Terra
Lula se encontrou nesta sexta-feira com o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala
Foto: Leo Pinheiro/Terra
VAGNER MAGALHÃES
Direto de São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, em São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff (PT) é senhora da situação no governo e que ninguém jamais vai obrigá-la a fazer o que ela não quer. Segundo ele, a pressão política para a queda do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio (PMDB), não irá influir na decisão a ser tomada. Pela manhã, Lula participou de um encontro com o presidente eleito do Peru, Hulanta Omalla, em um hotel da capital paulista.
"O PT nunca vai impor ministro para ela ou impôs para mim. A Dilma vai ter o mesmo sucesso no governo, assim como teve na Casa Civil. Agora, longe do governo, leio mais a imprensa do que lia. Às vezes vejo um certo menosprezo em relação à Dilma. Que tem gente mandando ela fazer isso ou aquilo. Vou dar um conselho. Quem conhecer a presidenta Dilma vai aprender uma coisa. Jamais alguém vai obrigá-la a fazer o que ela não quer.
Sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tomada nesta quinta-feira, que permitiu a soltura do ex-ativista italiano Cesare Battisti, preso há mais de quatro anos, Lula disse que foi correta.
"Não vejo nenhuma razão para que a Itália trate isso além da normalidade democrática. É normal algumas pessoas reclamarem, outras ficarem felizes, mas o Braisl não abriria mão da sua soberania. A Justiça mostrou que a decisão do presidente da República era correta. E extradição de Battisti havia sido negada por Lula em um de seus últimos atos no governo, em dezembro passado.
Para o presidente peruano, Lula pediu tranquilidade e diz que a pressão que ele vem sofrendo de setores econômicos do Peru é a mesma que ele sofreu quando assumiu o governo em 2002.
"Os mesmos que faziam pressão sobre Ollanta faziam sobre mim. Uma pressão para saber quem será o ministro da Fazenda. O tempo da dúvida do povo peruano acabou. Houve lisura no processo democrático, que resultou em um presidente. Quem tem desconfiança precisa acabar com isso. Ele não vai trabalhar para a metade que votou nele, mas para os 100% do povo peruano. Quanto menos pobres tivermos no Peru, mais gente vai ganhar dinheiro", disse Lula.
O ex-presidente brasileiro disse que o mais difícil para Omalla na introdução de suas políticas sociais será cadastrar as pessoas pobres para que elas sejam beneficiadas. "Diziam aqui que essa era uma política eleitoreira. É quase como um milagre. Mesmo que receba pouco, o pobre vai no supermercado, que compra do atacadista, que compra da indústria. É como se fosse uma roda gigante. Quanto mais gente entra nela, ela roda mais", afirmou.
Omalla lembrou que confiança não é um presente que se ganha, principalmente entre aqueles que não votaram nele. "Vamos priorizar os projetos que vão ajudar a população. Muitos dizem em criar dependência e clientelismo político. Temos de resolver o problema do povo e isso implica em desenvolver os setores. Setores de mordernidade com um mar de desconectados da economia, não é o caminho. É preciso dar uma oportunidade às pessoas. Temos de institucionalizar esses programas sociais. Lutar contra o clientelismo e a corrupção", disse.

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