do Agência Prensa Latina
Brasília, 25 ago (Prensa Latina) Pesquisadores do Observatório Nacional brasileiro acharam evidência de um rio subterrâneo de 6 000 quilômetros de extensão que corre sob o Amazonas, o mais longo do mundo, com 6 800 quilômetros.
De acordo com o estudo, divulgado hoje pelo jornal O Estado de São Paulo, os cursos das águas dos dois rios têm o mesmo sentido de oeste para o leste, mas se comportam de forma diferente, pois os fluídos do subterrâneo se transladam através de poros nas rochas, a uns quatro quilômetros de profundidade.
A descoberta foi possível pelos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela empresa estatal Petróleos do Brasil (Petrobras) em a zona amazônica, em as décadas de 1970 e 1980 em busca de hidrocarbonetos.
O fenômeno foi nomeado Hamza, em homenagem ao científico índio Valiya Hamza, que desde 1974 trabalha na Coordenação de Geofisica do Observatório Nacional, e quem junto à professora da Universidade de Amazonas Elizabeth Tavares identificaram o movimento das águas subterrâneas.
O jornal brasileiro precisa que os dados do doctorado de Tavares sobre a existência desse rio sob o Amazonas foram revelados no 12 Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, efetuado na semana anterior no Rio de Janeiro.
Entre as características do Amazonas e o Hamza aparecem que enquanto o primeiro tem um volume médio de 133 000 metros cúbicos de água por segundo, o do subterrâneo é de 3 000, mas superior a outros do país, como o mineiro San Francisco ou o paulista Tieté.
Para os pesquisadores, as descargas do fluído subterrâneo no mesmo lugar onde desemboca o Amazonas poderiam explicar a existência dos bolsões de baixa salinidade comuns em esse litoral marinho.
No entanto, o geólogo Olivar Lima, da Universidade Federal de Baía, citado por O Estado de São Paulo, considera exagerado chamar rio a esse imenso fluxo de água através de formações permeaveis sob o Amazonas, ainda que reconhece que sua grandeza poderia justificar tal classificação.
O achado brasileiro produz-se dois anos depois que investigadores italianos revelarão a existência de um rio subterrâneo que corre sob Roma.
Mesmo assim, Brasil conta também com o Aquífero Guaraní, uma reserva de 45 milhões de litros de água sob a superfície terrestre, em uma região que se estende também a Paraguai, Uruguai e Argentina.
aab/mem/ale
Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;