A área VIP na Copa do Mundo 2014 no Brasil ficou famosa ao ofender a presidenta Dilma Rousseff (PT) na abertura em São Paulo, na Arena Cointhians.
E quando falo “área VIP” não necessariamente trato apenas daqueles torcedores que pagaram ingressos mais caros. Os torcedores dentro dos estádios na Copa, em sua grande maioria, fazem parte da elite econômica. Hoje pagaram entre R$ 220,00 e R$ 1.320,00 nos ingressos, fora os que pagaram muito mais de cambistas.
O povo estava em suas casas, nas ruas, praças e nas Fifa Fan Fest, que eram gratuitas.
A área VIP de Minas Gerais já havia feito um vexame ao vaiar o hino à capela do Chile, também no Mineirão, no jogo das oitavas-de-final contra o Brasil.
E hoje a elite financeira de Minas Gerais novamente fez um vexame, ao novamente xingar a presidenta Dilma e no final vaiar os jogadores da seleção brasileira, quando na verdade os culpados pela derrota de 7 a 1 para a Alemanha foram a CBF e o técnico Felipão.
Essa elite financeira, privilegiada, chamada de “elite branca” por Juca Kfouri, será a mesma que votará para presidente no senador carioca-mineiro Aécio Neves (PSDB) e não na mineira Dilma.
É claro que também havia no estádio a elite de outros estados.
Uma elite que destruiu o patrimônio público dentro do Mineirão e chegou a bater em torcedores alemães, sendo que um deles ficou surdo de um ouvido.
É a elite que fala mal do Brasil e torce contra o país.
É a elite que falava que o país passaria vergonha na Copa, em matéria de organização e transporte.
É a elite que não aceita a diminuição das desigualdades sociais dos últimos 10 anos.
É a elite que acha que a derrota do Brasil vai atrapalhar a reeleição de Dilma, o que é um equívoco, já que o que poderia atrapalhar a presidenta seria um desastre da Copa. Mas a Copa das Copas foi um sucesso. Seja na organização dos jogos, no transporte, na infraestrutura, na alegria, na segurança e nas festas.
Ainda bem que não existe apenas área V.I.P no Brasil!
Blog do Tarso
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