Exclusivo: quem elegeu a Dilma foi o Lobão?





Juro que este é meu último comentário sobre as razões que levaram à reeleição de Dilma Rousseff. É minha contribuição para os analistas que ainda estão quebrando a cabeça para entender o que aconteceu no último domingo.

Como ninguém ainda pensou nisso, sugiro que se leve em conta também o "fator Lobão" _ o cantor, vejam bem, não o ministro.

Entusiasmado cabo eleitoral de Aécio Neves no meio artístico, algumas semanas antes da eleição, como vocês se recordam, Lobão anunciou que deixaria o país se Dilma fosse eleita. Teve gente nas redes sociais que até convocou uma festa de despedida para o cantor, no agora famoso aeroporto de Cláudio.

Ainda não se tem um levantamento científico sobre os votos dados a Dilma pelo eleitorado que queria aproveitar a chance para se livrar desta figura patética, meio quarta-feira, com aparência de doentinho fora da casinha, mas como a decisão aconteceu por estreitíssima margem de votos, sempre é bom levar em consideração todos os fatores possíveís de terem interferido no resultado, além da capa-panfleto daquela revista.

Pois não é que apenas algumas horas após a vitória de Dilma, feito um D. Pedro redivivo, Lobão voltou atrás e anunciou que, para o bem do povo, não irá mais embora do Brasil? Que poderemos fazer agora para que ele cumpra sua promessa, ou vamos ter que esperar quatro anos pela próxima eleição? Vamos ter que continuar vendo e ouvindo Lobão?

Sem paciência para tanto, já tem colunistas inconformados com o resultado discutindo os rumos do "terceiro turno", e alguns mais aloprados propondo abertamente o impeachment de Dilma, alegando que o país foi vítima da propaganda enganosa de Lobão.

Como os amigos podem reparar, estou urgentemente precisando de uma folguinha, depois deste verdadeiro massacre que foi acompanhar a campanha eleitoral. A partir de amanhã, vou dar também um descanso aos caros comentaristas do Balaio: estarei em Ouro Preto, Minas, para participar do tradicional Forum das Letras, onde poderei tratar de outros assuntos mais amenos, além de reencontrar velhos amigos "feirantes", habitués destes eventos livrescos, que reúnem escritores e leitores e estão se espalhando como febre por todo o país, o que é muito bom.

A vida não pode ser feita só de política. É fundamental que a gente não perca o bom humor para não perder a fé.

Até a volta.



Ricardo Kotscho

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