Ex-presidente reconhece que os tucanos "não deixarão de pagar por ter dado a mão" para o peemedebista e defende que o partido "deveria prosseguir no mea culpa"
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| O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso TONI PIRES |
As pesquisas de opinião feitas nas últimas semanas pelos tucanos mostram um panorama bem complicado para o partido. Segundo publicou o blog Painel do jornal Folha de S. Paulo, 75% dos brasileiros não acreditam nas chances de que algum membro do PSDB consiga a vitória nas eleições presidenciais de outubro de 2018. Das perguntas aos simpatizantes do partido se afere que uma das questões que mais estão prejudicando a imagem do PSDB é a aliança com Temer. Em todas as pesquisas publicadas nas últimas semanas, os dois tucanos que até agora se disseram dispostos a se candidatar, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital do Estado, João Doria, estão por trás em intenção de voto do direitista radical Jair Bolsonaro.
A preocupação no partido atinge também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que pede uma mudança de rumo em um artigo intitulado Hora de decidir que neste domingo publicam vários veículos, o EL PAÍS dentre eles. FHC reconhece que o PSDB não vai "deixar de pagar por ter dado a mão ao governo Temer e de tê-la chamuscado por inquérito". Ele defende a decisão de ter apoiado o impeachment contra Dilma Rousseff e ter entrado no governo, mas acredita que agora a situação chegou a um "ponto crítico" e que os tucanos precisam tomar uma decisão.
O ex-presidente sublinha a necessidade do PSDB de "passar a limpo o passado recente" e continuar com o "mea culpa" que o presidente do partido, Tasso Jereisatti, fez há alguma semanas num polêmico vídeo, ao qual recebeu fortes ataques de um setor da legenda, especialmente do mais envolvido com o atual governo. Fernando Henrique Cardoso se esquiva de apoiar algum dos possíveis candidatos na eleição presidencial do ano que vem, mas pede ao PSDB que aproveite também esta convenção para "juntar as facções internas e centrar o fogo nos adversários externos".
EL PAÍS Brasil

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