
O Globo
Manchete : Reconstrução
Em Copacabana, público estimado em 3 milhões de cariocas e turistas celebra o novo ano com pedidos de mais segurança, empregos e um basta à corrupção
Cerca de três milhões de pessoas, a maior estimativa de público em 22 anos, celebraram a chegada de 2018 na Praia de Copacabana com uma palavra em mente: mudança. Em ano de eleições para presidente, governadores, senadores e deputados, brasileiros elegeram as prioridades para a reconstrução do Rio e do país, após três anos de crise: redução da violência, geração de empregos e um basta à corrupção. Sob uma superlua, a queima de fogos de 17 minutos foi a mais longa da história, parcialmente prejudicada pela fumaça dos explosivos, que encobriu parte do céu. Um forte cheiro de pólvora foi sentido por quem assistiu ao show. O policiamento nas ruas de acesso à praia foi elogiado, mas houve episódios de furto na areia. Iluminado com o azul e o branco das cores da bandeira do Estado do Rio, o Cristo foi espetáculo à parte. (PÁGINAS 6 a 11)
Cadê o WhatsApp?!
Com 1,3 bilhão de usuários, o WhatsApp ficou fora do ar por uma hora e meia em boa parte do mundo. O medo de não conseguir enviar mensagens e fotos na virada foi convertido em memes, que tomaram as redes sociais. (PÁGINA 18)
No fim do ano, bondades de meio bilhão na Saúde
No apagar das luzes de 2017, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, liberou quase R$ 500 milhões, boa parte em emendas para seus “parceiros parlamentares”, como disse em redes sociais. O Diário Oficial de 30 de dezembro foi publicado com 74 páginas de portarias da Saúde que beneficiam centenas de cidades. As liberações também têm a função de agradar à base do presidente Temer. (PÁGINA 4)
Temer e seu ministério de ‘notáveis’
No início do seu último ano de mandato, o presidente Michel Temer apresenta um ministério bem diferente do que o prometido quando assumiu. Os “notáveis” deram espaço ao pragmatismo, com políticos do baixo clero, denunciados, além de ex-ministros que passaram a virada presos. (PÁGINA 3)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Operações militares no País triplicam desde 1990
Levantamento do Estado mostra aumento das ações das Forças Armadas no combate ao crime nas ruas
O uso de militares no combate ao crime organizado aumentou pelo menos três vezes nesta década na comparação com os anos 1990. O Estado analisou dados das Forças Armadas desde 1992, quando os militares ocuparam pela primeira vez uma cidade – o Rio – para garantir a segurança da Eco-92. Ao todo, foram 181 ações do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e do Ministério da Defesa nos últimos 25 anos – a maioria de Garantia de Lei e da Ordem. Se nos anos 1990 o Exército era chamado para impedir a ação de saqueadores e bandidos durante as greves de policiais, hoje é convocado até para revistas em presídios. Documentos das Forças Armadas alertam para os riscos de seu emprego no combate ao crime. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirma que o modelo de ocupação de uma área pelo Exército está encerrado, ao menos na atual gestão, e as Forças Armadas continuarão a atuar “sob demanda”. (METRÓPOLE / PÁGS. A8 e A9)
Crime organizado é o maior problema
O crime organizado foi o principal “agente perturbador da ordem” nas ações realizadas pelos militares, segundo dados compilados pelo Estado, respondendo por 25,9% do total. Em seguida, vêm a ameaça terrorista, com 23,2%, as greves de policiais e caminhoneiros (16,5%) e as manifestações (7,1%). (PÁG. A8)
Escândalos e virada à direita marcarão ano eleitoral na AL
As eleições de 2018 em vários países de peso da América Latina, como Brasil, Colômbia, México e Venezuela, deverão ocorrer sob a influência de escândalos de corrupção, de forças de fora da política tradicional e de uma eventual guinada do eleitorado à direita. “Há impaciência dos eleitores”, diz Fiona Mackie, diretora de América Latina da Economist Intelligence Unit (EIU). “Eles estão cansados.” (INTERNACIONAL / PÁG. A6)
CPFL se prepara para investir R$ 10 bilhões (ECONOMIA / PÁG. B1)
Coluna do Estadão