O Globo
Manchete: PIB cresce 1%, e país precisa de mais 3 anos para se recuperar
Investimento cai 1,8% e atinge a menor proporção desde 1996Resultado, puxado pelo desempenho da agropecuária, marca o fim da recessão
Após dois anos de queda, a economia brasileira cresceu 1% em 2017, puxada pelo desempenho da agropecuária. O consumo das famílias avançou 1%. Já o volume de investimento recuou 1,8%. A taxa de investimento em proporção ao PIB é a menor desde 1996. O resultado marca o fim da recessão, após os tombos de 2016 (-3,5%) e 2015 (-3,5%). As previsões apontam para crescimento mais forte a partir de 2019, mas o país já contabiliza seis anos de estagnação: o patamar anterior à crise de 2014 só será atingido em 2020. O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking de crescimento que inclui 33 países. (PÁGINA 21 e Míriam Leitão)
Segurança dá o tom da campanha política
Reunido com governadores, o presidente Michel Temer anunciou financiamento de R$ 42 bilhões para reequipar as polícias nos estados. A medida foi criticada porque os recursos não serão liberados imediatamente. Alckmin e Bolsonaro também priorizam a segurança em discursos. (PÁGINA 3)
Editorial
‘O mal do preconceito em torno da intervenção’ (PÁGINA 18)
Rio tem recorde de mortes em confronto
Em janeiro, o Estado do Rio registrou 154 homicídios decorrentes de confrontos com a polícia, mais de cinco por dia. É o maior número desde o início da série histórica, em 1998. (PÁGINA 8)
Adesão a acordo começa em maio
O STF homologou o acordo entre bancos e poupadores para que sejam pagas indenizações pelas correções da poupança durante os planos econômicos dos anos 1980 e 1990. As adesões para recebimento começam em maio. 9PÁGINA 25)
Trans vão poder mudar documento
O STF decidiu que pessoas trans poderão alterar nome e gênero no registro civil, no cartório, sem a necessidade de cirurgia para mudança de sexo ou tratamento hormonal. O fim da insegurança jurídica foi comemorado. (PÁGINA 30)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: País cria 77,8 mil empregos no melhor janeiro em 3 anos
Dados do Caged, que serão revelados hoje, mostram recuperação das vagas formais no mês; indústria e serviços lideramDepois de três anos com as demissões superando as contratações em janeiro, o País começou 2018 com geração de vagas formais de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), obtidos pelo Estado, que serão anunciados hoje pelo Ministério do Trabalho, mostram a criação de 77,8 mil novas vagas, o melhor resultado para o mês desde 2012. Com esse desempenho, o saldo do Caged em 12 meses ficou positivo após três anos de fechamento líquido de postos com carteira de trabalho. São 83,5 mil vagas geradas entre fevereiro de 2017 e janeiro deste ano. Durante a recessão, entre 2015 e 2016, o País eliminou mais de 3,5 milhões de vagas formais. No ano passado, o mercado melhorou, mas não escapou do fechamento de 20,8 mil postos de trabalho. A indústria de transformação e os serviços foram os setores que lideraram as contratações de janeiro. (ECONOMIA / PÁG. B1)
Balança tem superávit
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,9 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês desde 1989. No Brasil, a venda de veículos novos cresceu 15,67% em fevereiro, ante mesmo mês do ano passado. (PÁG. B5)
PIB cresce 1% em 2017 impulsionado pelo campo
Após dois anos de retração, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% em 2017, impulsionado pelo agronegócio. O avanço, no entanto, perdeu força ao longo do ano – foi de 0,1% no quarto trimestre –, o que indica recuperação lenta. Diante disso, economistas revisaram para baixo as projeções de crescimento em 2018, de 2,9% para 2,8%. Investimentos também esboçaram reação após 14 trimestres. (ECONOMIA / PÁGS. B3 e B4)
‘Recuperação está extremamente lenta’, diz Pastore
Para o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, o PIB de 2017 mostra necessidade de uma agenda de reformas “além da previdenciária”. “Está devagar porque o Brasil precisa fazer muito ajuste.” (PÁG. B5)
'Militares não buscam protagonismo'
Primeiro integrante das Forças Armadas a chefiar o Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna diz a Tânia Monteiro que maior participação no governo é “circunstancial”, mas militares podem ajudar na gestão federal. “País precisa disso e estamos disponíveis.” (POLÍTICA / PÁG. A4)
Supremo valida indenização por perda com planos
Com a validação pelo STF, serão pagas compensações por perdas da poupança com os planos econômicos Bresser, Verão e Collor 2. A adesão começa em maio, e terão direito a ela os poupadores que ajuizaram ação até 2016. (ECONOMIA / PÁG. B6)
Estados podem ficar sem verba de segurança
Nos próximos cinco anos, o governo liberará R$ 42 bilhões para segurança – R$ 33,6 bilhões via BNDES. Mas o Distrito Federal e 16 Estados que não se enquadram nas regras do Tesouro terão dificuldade para receber os recursos. (METRÓPOLE / PÁG. A12)
Suíça investiga contas de ex-diretor da Dersa (POLÍTICA / PÁG. A6)
2/3 dos feminicídios acontecem em casa (METRÓPOLE / PÁG. A13)
Taxação dos EUA para aço preocupa Brasil (ECONOMIA / PÁG. B10)
Eliane Cantanhêde
Segovia e Raquel Dodge sofriam resistência de seus antecessores. Ele deu com os burros n’água. Ela mostra firmeza. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Notas & Informações
PIB maior e mais vigorO Brasil tem hoje uma economia bem mais vigorosa que há um ano, mas isso é pouco visível quando se examina só o balanço geral de 2017. (PÁG. A3)
Confirmação do Código Florestal
O Supremo Tribunal Federal pôs término a longo período de insegurança jurídica. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Após 2 anos em queda, PIB brasileiro cresce 1% em 2017
Resultado, que reforça saída da recessão econômica, foi puxado pelo desempenho do agronegócioMesmo com um quarto trimestre decepcionante (alta de 0,1%), o Produto Interno Bruto cresceu 1% em 2017, indicando que a economia se afastou da recessão. A queda acumulada nos dois anos anteriores foi de quase 8%. As exportações de petróleo e de minério de ferro contribuíram para a elevação do PIB, bem como a safra recorde de grãos —o agronegócio teve o melhor ano desde 1996. Já os investimentos fecharam o ano no negativo. O governo festejou o resultado. Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico, disse que ele ficou dentro da expectativa. Para o presidente Michel Temer, representa esperança para o futuro do país. Analista da FGV, entretanto, afirma que, apesar da recuperação, a sensação de melhora não chegou às pessoas. “O que dificulta é o mercado de trabalho. A taxa de desemprego ainda está elevada”, diz Silvia Matos. Projeções para este ano, feitas por especialistas de instituições financeiras e consultorias, apontam para uma expansão de 3% do PIB, marcada pelo crescimento do consumo e dos investimentos. (Mercado A16 e A17)
Petrobras decide vender Liquigás na Bolsa após veto
Após veto do Conselho Administrativo de Defesa Econômica à compra da Liquigás pela Ultragaz, a Petrobras decidiu vender a distribuidora na Bolsa. O negócio está previsto no plano desenhado pela petroleira para equacionar seu endividamento. O objetivo é levantar US$ 21 bilhões até o fim deste ano. (Mercado A13)
Rivais veem Lula isolado e aceno ao partido de Temer
Políticos adversários interpretaram as declarações do ex-presidente Lula (PT) à Folha como sinal de isolamento do seu partido e aceno ao MDB, o partido do presidente Michel Temer. Na esquerda e na centro-esquerda, as declarações só foram elogiadas por petistas. (Poder A5)
Trump vai impor taxa de importação de 25% sobre o aço
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai impor tarifas de importação de 25% sobre o aço na próxima semana. Para o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, a ação inviabiliza exportações brasileiras para o país —o maior comprador do aço nacional. (Mercado A20)
Colunistas
NELSON BARBOSALiberação do FGTS foi acerto, e demora para cortar Selic, um erro (Mercado A20)
VINÍCIUS TORRES FREIRE
Economia do Brasil é há 3 décadas uma das piores do continente (Mercado A15)
Trans pode mudar de nome e sexo sem cirurgia, afirma STF (Cotidiano B4)
Invasão de casa com cheiro de maconha foi legal, decide STJ (Cotidiano B4)
Editoriais
Leia “Piruetas de Lula”, sobre afirmações do ex-presidente em entrevista exclusiva, e “Generosos genéricos”, acerca de medicamentos biossimilares. (Opinião A2)