Uma parte dos interesses americanos com o setor de petróleo deixou de ter relação apenas com o seu enorme consumo, disparado o maior do mundo, para ter também um interesse crescente com outras etapas da cadeia produtiva, como a produção e refino com vistas às exportações dos combustíveis.





O infográfico abaixo publicado no Valor em matéria da Agência Reuters, com dados do Departamento de Energia dos EUA, Opep e Ministério da Energia da Rússia, mostra como foi vertiginosa, a expansão da produção de petróleo nos EUA, depois da sedimentação das novas formas e técnicas de exploração do petróleo de xisto (tight oil) em seu território.

Os EUA se preparam para em 2019 assumir a liderança mundial da produção de petróleo do mundo, que nos últimos anos vem sendo liderado por anos seguidos pela Rússia, com produção em torno de 11 milhões de barris por dia seguido da Arábia Saudita.

Hoje, a produção mundial de petróleo está entre 98 e 99 milhões de barris por dia, com previsão de chegar no ano que vem a 100 milhões de bpd. Da produção da Rússia, a líder do mundo com 11 milhões de bpd, aproximadamente 7 milhões de bpd, são exportados, enquanto nos EUA as exportações de óleo cru, cuja proibição foi suspensa em 2015, estão hoje acima de 2 milhões de barris por dia, enquanto as exportações americanas de combustíveis não param de subir.

De certa forma, esta realidade também ajuda a mostrar as consequências disto sobre o Brasil, na medida em que os EUA passou a ser destino de uma parte do petróleo bruto brasileiro que cresce desde 2016 de forma significativa. Junto disso, o Brasil também passou a importar mais combustíveis oriundos do refino nas refinarias americanas, o que contribuiu de forma especial para a atual crise de preços dos combustíveis que ainda em nosso mercado interno.

Com esta postagem eu quero chamar a atenção para a ampliação da importância do setor petróleo para a economia americana e para as suas decisões de poder.

Blog do Roberto Moraes


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