Depois de recusar o lobby de João Doria para carregar o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, como vice, Geraldo Alckmin bebeu do próprio veneno ao ser desprezado pelo empresário Josué Gomes.

Alvaro Dias. Foto: Reprodução/YouTube
Agora, mantém negociações com o Centrão para encontrar alguém, e o indicado pode ser o deputado Mendonça Filho, do DEM de Pernambuco ou até o ex-comunista Aldo Rebelo, do Solidariedade.

Nem Mendonça nem Josué, muito menos Flávio Rocha ou Aldo povoam as noites em claro de Geraldo no papel de o “vice dos sonhos”.

Este, bastante cobiçado inclusive por ter suas origens no PSDB, circula numa esfera de poder bem próxima do tucano. É Álvaro Dias, o candidato da Lava Jato.


Geraldo vem insistindo com Dias por um detalhe estratégico.

O senador paranaense, presidenciável do Podemos, pelo perfil que ostenta virou sua “pedra no sapato”. Tem bom trânsito com o povo, relações quase umbilicais com mega empresários e defende, além das reformas já encampadas por Temer nas áreas previdenciária, política, fiscal e do Estado. propostas que vêm sendo sistematicamente copiadas pelo tucano.

A primeira delas, digamos frugal, é andar de avião de carreira, no melhor estilo “gente como a gente”.

As demais estão contidas naquilo que Dias classifica de ‘Refundação da República’ – uma coleção de ideias que falam em fins de privilégios a parlamentares, juizes, membros de primeiro escalão etc – o próprio Dias abriu mão, a partir de um projeto de Lei enviado à Assembléia Legislativa do Paraná, do direito à aposentadoria por ter sido governador do Estado.


Ok, ideias a gente copia e cola, passa um pó de arroz na cara e segue em frente. O que pega em Álvaro Dias, além dele também curtir um cafezinho de boteco, é a sua desenvoltura entre os multimilionários e o fato de não precisar de auxílio de economistas para almoçar com principais representantes do PIB nacional.

Apesar da insistência de Alckmin, há quem duvide que ele aceite integrar a chapa como vice. A senha foi dada no início desta semana, num encontro com lideranças em São Paulo, quando disse que “não negocia ideias e que o seu objetivo é romper o protocolo”, seja lá o que isso quer dizer.

O fato é que na manhã seguinte a este encontro alguns números conspiraram a favor do vôo solo: pesquisas no Rio de Janeiro mostram o senador paranaense meio ponto atrás de Geraldo, e crescendo.

DCM

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