A reportagem de Mario Cesar Carvalho, na Folha, contém todas as informações sobre a queda do executivo Renato Alves Valeque presidia a CCR há 20 anos.


Mas o título, na Folha, “some” com o personagem central da história: Geraldo Alckmin que, segundo delações do doleiro Adir Assad seria um dos beneficiários da operação de troca de faturas fictícias por dinheiro vivo para a CCR, empresa formada pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, SVE e Serveng nos “bons tempos” de Fernando Henrique Cardoso e que abocanhou concessões a rodo desde então.

Com o dinheiro em papel, a CCR abasteceu a campanha de Alckmin pelo “caixa 2”:

A CCR também negocia um acordo de leniência com o Ministério Público de São Paulo no qual pretende contar que fez uma doação para o caixa dois da campanha do tucano Geraldo Alckmin em 2010, no valor de R$ 5 milhões, conforme a Folha revelou em maio.

Alves, diz a reportagem, era amigo de Paulo Vieira de Souza, o operador tucano que tentaram esquecer à beira do caminho. Mas o título, claro, evita o “Paulo Preto” conhecido de todos e o chama de “ex-diretor da Dersa”.


Geraldo Alckmin, como qualquer pessoa – exceto Lula, a quem parece que isso “não vem ao caso” – tem o direito á presunção da inocência.

Também para ele, é preciso que haja provas, não uma simples delação (o que, de novo, não se aplica a Lula).

Mas a edição da Folha é, com o perdão das palavras, “lavagem de notícia”. Ou seja, a dissimulação deliberada do essencial da informação: quem recebeu o dinheiro, porquê e para quê.

Ainda mais que há, como se diz no jargão dos jornalistas, um “gancho” evidente: ontem, Alckmin foi intimado a depor, mês que vem, sobre outro caso de caixa dois, os R$ 10,3 milhões que suas campanhas teriam recebido da Odebrecht.

Mas na Folha, como na lista da Odebrecht, Geraldo Alckmin é “Santo”.


TIJOLAÇO

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