Cerca de 2 mil pessoas criticaram o militar da reserva em caminhada pelo centro de São Paulo, entre elas um ex-crítico da ‘ideologia de gênero’


Foto: Daniel Arroyo/Ponte

por Arthur Stabile
Foto: Daniel Arroyo/Ponte


Dia após dia, mais manifestações contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) são feitas pelo país. Nesta quinta-feira (11/10), foi a fez dos antifacistas saírem às ruas do cento de São Paulo. Cerca de duas mil pessoas se reuniram no Masp (Museu de Arte de São Paulo) e caminharam até o Teatro Municipal, passando pela Rua da Consolação, em um trajeto de quase três quilômetros.


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“Bolsonaro não e o Doria também não”, era um dos gritos dos manifestantes, criticando os candidatos no segundo turno à presidência e ao governo do estado, respectivamente – João Doria, do PSDB, clarou apoio ao militar reformado. “Ô Bolsonaro, vai se fuder, o meu país não precisa de você”, era outro cântico.


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Durante o ato, um manifestante que criticou a filosofa e professora estadunidense Judith Butler em sua visita ao Brasil estava presente. À época, o jovem criticou a ‘ideologia de gênero imposta’ pela estudiosa, mas, dessa vez, se postou em outro extremo.


Foto: Daniel Arroyo/Ponte


“Eu revi todos os meus conceitos do que eu pregava antes. No protesto da Butler, eu discursei totalmente com ódio, o que não era a minha intenção. Quando vou em atos hoje, vou com o propósito de pregar o amor, o que eu acredito”, explicou Guilherme de Maria, de 20 anos.

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Na ação crítica à filosofa, Guilherme apareceu usando uma cruz e um terço na mão. Ele fazia parte de um grupo que levava bonecos de Judith fantasiado de bruxa, e cartazes com os dizeres “pedofilia, não!” e “Direita São Paulo, juntos pela família”.


Foto: Daniel Arroyo/Ponte

Dessa vez, o jovem estava junto dos antifacistas que criticavam o extremismo e as propostas de Jair Bolsonaro. “Trabalhador, fica ligeiro, o Bolsonaro quer seu 13º!”, “não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da polícia militar”, gritava o grupo.



Foto: Daniel Arroyo/Ponte

Guilherme estava junto e, logo após começar a entrevista à Ponte, acabou abordado por um manifestante mascarado. “A gente sabe que você está infiltrado e que é do MBL (Movimento Brasil Livre). Vaza daqui que vai ficar ruim para você”, disse. O jovem ficou por um tempo e não foi mais visto pela reportagem.

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O ato encerrou em frente ao Teatro Municipal cerca de duas horas e meia após o seu início.

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Ponte Jornalismo

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